Entre 20 e 27, sexta-feira a sexta-feira do mês andante, fiz verdadeiro “tuor” pela Chapada Diamantina e Sudoeste, tentando e solucionando problemas que se encontravam pendentes. Contudo, aqui irei expor apenas assunto divulgado nas redes sociais que muito interessa aos catoleenses, a mim especialmente, e deve interessar também, a todos os riocontenses, principalmente os moradores do Distrito de Arapiranga.
TRATA-SE do recomeço do pleito para a adaptação do CAMINHO entre Arapiranga e Catolés, em ESTRADA CARROÇÁVEL.
Em 1955, João Azevedo, casado com minha prima, Nenem de Tia Tecla, recebeu o Estandarte de São Bernardo, padroeiro de Arapiranga, como o festeiro do mês de agosto, em louvor ao santo. Nenem era irmã de Albertina, esposa de Manoel Gomes de Almeida, Sinhô de Fiúza. Sinhô, dirigindo o Jeep de meu pai, nos conduziu: Albertina, eu, e os filhos deles, Júnior e Terezinha, para os festejos.
Lembro-me bem que pernoitamos em Abaíra, hospedando na casa de Zé Gabriel e participamos da festa de abertura da nova e luxuosa residência de Alvide e D. Morena. No dia seguinte, após o café da manhã seguimos viagem para Arapiranga. Estrada cascalhadas, não existia no estado da Bahia. Nem mesmo de Salvador para Feira de Santana. Somente estrada carroçável.
Durante a festa em Arapiranga, ouvi de Manoel Almeida, em conversa com Bernardo Melo, Agente dos Correios, Levino e Joãozinho, os dois, tropeiros, sobre as péssimas condições da estrada carroçável e a distância entre Catolés e Arapiranga, 130 quilômetros, mais ou menos, e o caminho entre os dois Distritos, com obstáculos quase intransponíveis. Na época chuvosa: Riacho Fundo e Rio da Água Suja, cheios, e a ladeira de Zé Ferreira, que escorregava como quiabo, impossibilitando a subida de animais e pessoas, incluindo eu mesmo, que inúmeras vezes por ele segui, tocando gado e tropa, e me deslocando no lombo de burro entre Catolés e Livramento, onde estudava.
O deslocamento era ordinariamente em companhia de minha irmã, Vanda e Ivanísio Alcântara, Nizo de Neco. Algumas vezes nos fizeram companhia, Otonilson Assunção Braga, Nem de Coute e José Rodrigues, Zeca de Mindó, que também estudaram no Ginásio de Livramento. Manoel Almeida comentou que para tentar transformar o caminho em estrada carroçável, contaria com o apoio irrestrito de meu pai, João Hipólito Rodrigues, prefeito de Piatã, mas não contaria com o apoio de Rodolfo Abreu, prefeito de Rio de Contas, seu adversário político.
Nas três gestões de João Hipólito como prefeito de Abaíra, ele tentou, mas da mesma forma não contou com a vontade política dos prefeitos de Rio de Contas: Fidênciano Teixeira, seu Dercinho, Filogônio Cardoso, Filó, ambos correligionários de Manoel Almeida, que era também advogado dos dois, e Zeferino Farias, Preto, do mesmo parido político de meu pai.
Ouvi de meu irmão João Hipólito Rodrigues Filho, que nas suas gestões iniciou a adaptação do caminho para estrada carroçável, mas foi impedido pelo INEMA – Instituto do Meio Ambiente e Recurso Hídricos, que exigiu projeto com esclarecimento sobre o efeito da adaptação do caminho em estrada carroçável, sobre os lençóis freáticos existentes no seu itinerário, para avaliar a possibilidade de concessão da indispensável Licença Ambiental.
Certamente nessa nova tentativa, todas as exigências serão atendidas e João contará com o apoio do governador do Estado e participação efetiva do prefeito de Rio de Contas, Célio Evangelista da Silva, cujos avós maternos são catoleenses.
O nosso caminho de Catolés para Arapiranga passava pela Fonte do Meio – Pai Joaquim – Toicinho – Frente da Casa de Jovino e sua acanhada plantação de Ananás – frente da casa de Tião de Mucuiuba, casa de seu Justo – Riacho Fundo – proximidade da casa de Antônio Campos – Rio Agua Suja – Pedra Furada – Ladeira de Zé Ferreira – terras de seu Binha – Cemitério – Corredor de João Fagundes e ao final, Arapiranga. Alguns trechos íngremes e pedregosos, mas muito menos que na estrada Ba-148/Catolés. Ademais, com o maquinário tecnológico avançado e também a Inteligência artificial, a adaptação será facilitada, eficiente e o resultado eficaz.
O Técnico em Estradas, Marcílio Targino, inoficiosamente traçou CROQUI que registra 28 km como sendo a distancia entre Arapiranga e Catolés, numa estrada carroçável, aproximadamente 22% da distância que se percorre atualmente. Portanto, considerável custo a menor com a força motriz e manutenção do veículo, e redução do tempo da viagem.
Peçamos ao Deus Pai para abençoar os protagonistas e coadjuvantes na busca e alcance da meta – Adaptação do caminho entre Arapiranga e Catolés, em ESTRADA CARROÇÁVEL.