O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, ex-ministro Anderson Torres , solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, caso sua prisão seja decretada para o início imediato do cumprimento da pena, ele seja autorizado a permanecer na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. A solicitação foi protocolada e encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.
O ex-ministro Anderson Torres foi condenado a 24 anos de prisão no âmbito da ação penal referente ao Núcleo 1 da trama golpista, que também resultou em condenações do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros investigados. Atualmente, o ex-ministro recorre em liberdade, monitorado por tornozeleira eletrônica, e sua defesa pretende apresentar um novo recurso até o dia 3 de dezembro, último prazo para a contestação.
No documento enviado ao STF, os advogados afirmam que, se o ministro Alexandre de Moraes entender que a execução provisória da pena deve começar imediatamente, ex-ministro Anderson Torres, que é delegado de carreira da Polícia Federal, deveria cumprir a determinação em local compatível com sua função pública. Além da Superintendência da PF, a defesa também sugere o Batalhão de Aviação Operacional (BAVOP) da Polícia Militar do Distrito Federal como alternativa.
A movimentação ocorre após a Primeira Turma do STF manter, no dia 14 deste mês, as condenações impostas aos réus envolvidos no caso. Com a publicação do acórdão na semana passada, inicia-se a contagem do prazo, que termina às 23h59 desta segunda-feira (24), para que as defesas apresentem recursos que possam tentar adiar ou impedir o início do cumprimento das penas.
Enquanto isso, cresce a expectativa sobre a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que será determinante para definir se o ex-ministro Anderson Torres e os demais condenados seguiram recorrendo em liberdade ou terão a prisão decretada ainda durante a análise dos recursos.





