O Brasil registrou avanços expressivos no combate às hepatites virais nos últimos dez anos. Dados do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, divulgado pelo Ministério da Saúde, mostram que o país conseguiu reduzir significativamente os índices de mortalidade das doenças, em especial pelas hepatites B e C. A publicação faz parte das ações do Julho Amarelo, campanha nacional dedicada à prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites virais.
De acordo com o boletim, entre 2014 e 2024, o país reduziu em 50% o coeficiente de mortalidade por hepatite B. O número caiu de 0,2 para 0,1 óbito por 100 mil habitantes. No mesmo período, a mortalidade por hepatite C apresentou queda ainda mais expressiva: 60%. Em 2014, o coeficiente era de uma morte por 100 mil habitantes. Em 2024, esse número passou para 0,4.
Segundo o Ministério da Saúde, ministro Alexandre Padilha, os resultados refletem o fortalecimento das estratégias de vacinação, ampliação da testagem e acesso ao tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde . A pasta também reforça que a meta do Brasil, em alinhamento com a Organização Mundial da Saúde, é reduzir até 2030 os óbitos por hepatites virais em 65% e a incidência das infecções em 90%.
Julho Amarelo reforça a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e da adesão ao tratamento. As hepatites virais, se não tratadas adequadamente, podem evoluir para formas graves, como cirrose e câncer de fígado. O Ministério da Saúde orienta que a população procure as unidades básicas de saúde para realizar testes rápidos e se vacinar contra a hepatite B, disponível gratuitamente no SUS.