O ex-presidente Jair Bolsonaro completa 34 dias sob custódia da Polícia Federal, enquanto sua defesa intensifica os pedidos ao Supremo Tribunal Federal (STF) para a revisão das condições de detenção, alegando agravamento de seu estado de saúde. Em petições encaminhadas à Corte, os advogados sustentam que Bolsonaro apresenta um conjunto de comorbidades que exige acompanhamento médico contínuo e especializado.
Segundo a defesa, o ex-presidente é portador de hipertensão arterial, refluxo gastroesofágico, anemia e apneia do sono, condições que, de acordo com os advogados, podem ser agravadas pela rotina carcerária e pela ausência de monitoramento adequado. Os documentos anexados ao processo incluem laudos e exames médicos recentes.
Entre os exames apresentados, destaca-se um estudo do sono que aponta um quadro considerado grave de apneia. De acordo com o laudo, Bolsonaro teria parado de respirar 514 vezes ao longo de uma única noite, registrando 470 episódios de apneia. O exame também indica roncos de intensidade moderada a alta, fator associado ao risco aumentado de complicações cardiovasculares.
A defesa argumenta que o histórico clínico do ex-presidente demanda cuidados permanentes, incluindo uso contínuo de medicamentos e monitoramento regular, especialmente em razão dos episódios recorrentes de apneia, que podem provocar quedas significativas na oxigenação do sangue durante o sono.
Os pedidos apresentados ao STF solicitam a adoção de medidas que garantam assistência médica adequada, podendo incluir flexibilização das condições de custódia ou outras providências que assegurem a preservação da saúde do ex-presidente. Até o momento, não houve decisão definitiva da Corte sobre os requerimentos mais recentes.
A Polícia Federal e o STF não se manifestaram publicamente sobre os detalhes clínicos citados nos autos, limitando-se a informar que todas as determinações judiciais estão sendo cumpridas e que a situação segue sob análise do Judiciário.





