A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou uma pesquisa alertando para uma carência de vacinas essenciais do calendário nacional de imunização, incluindo imunizantes contra catapora, covid-19 e coqueluche. O levantamento aponta que a distribuição irregular e a baixa disponibilidade desses medicamentos em algumas localidades têm dificultado a execução de campanhas de vacinação.
De acordo com o estudo da CNM, gestores municipais relatam dificuldades no abastecimento de vacinas, o que estaria comprometendo a cobertura vacinal em várias regiões do país. A situação preocupa especialistas em saúde pública, que destacam a importância de manter níveis elevados de imunização para prevenir surtos e proteger a população.
Em resposta, o Ministério da Saúde negou a existência de uma crise no abastecimento de vacinas. Em comunicado oficial, a pasta afirmou ter distribuído 3,7 milhões de doses da vacina contra a covid-19 aos estados recentemente, das quais 503 mil já foram aplicadas. O órgão destacou que os números indicam uma suficiência de doses em nível estadual, sugerindo que os desafios podem estar relacionados à logística e à aplicação nos municípios.
Ainda segundo o ministério, a pasta está comprometida em reforçar a oferta de imunizantes em 2025, como parte de um planejamento estratégico para garantir a continuidade das campanhas nacionais de vacinação. “Estamos trabalhando para fortalecer os estoques e assegurar que as vacinas cheguem a todas as regiões do país”, declarou a pasta.
Especialistas, no entanto, alertam que a logística eficiente e o engajamento da população também são fatores críticos para alcançar uma cobertura vacinal adequada. Não basta ter doses disponíveis em nível estadual; é fundamental que elas cheguem aos postos de saúde e que as pessoas sejam incentivadas a se vacinar.
Enquanto isso, gestores municipais pedem maior integração entre os níveis federal, estadual e local para resolver os gargalos logísticos e garantir que as vacinas sejam acessíveis a todos os brasileiros.