A Bahia dará um passo estratégico na consolidação do Complexo Industrial da Saúde no Brasil com a produção de quatro medicamentos biológicos de alta complexidade, voltados ao tratamento de diferentes tipos de câncer e doenças raras. A iniciativa foi conduzida pela Bahiafarma (Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico) e foi oficializada , durante reunião do Grupo Executivo do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (GECEIS), realizada no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O encontro contou com a participação do governador Jerônimo Rodrigues.
Os projetos foram aprovados por meio do Programa de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP), do Ministério da Saúde, que seleciona e financia iniciativas estratégicas para fortalecer a produção nacional de insumos, medicamentos e tecnologias em saúde. Com a decisão, a Bahia está autorizada a fabricar quatro biomedicamentos considerados essenciais pelo Sistema Único de Saúde (SUS):
- Bevacizumabe utilizado no tratamento de degeneração macular e de diversos tipos de câncer, como colorretal, de pulmão, renal, colo do útero, epitelial de ovário e mama;
- Eculizumabe indicado para pacientes com Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN), doença rara de elevada gravidade;
- Nivolumabe voltado a casos de melanoma avançado e Câncer de Pulmão de Células Não Pequenas (CPCNP);
- Pertuzumabe destinado ao tratamento de câncer de mama inicial e metastático.
Segundo o governador Jerônimo Rodrigues, a decisão representa um avanço histórico para o estado e reforça a capacidade da Bahia de contribuir para a autonomia tecnológica do país.
“Esse investimento do Governo Federal atrai a indústria farmacêutica e fortalece a produção de medicamentos aqui na Bahia. Com isso, poderemos ampliar a oferta do SUS com produtos fabricados em nosso estado, na indústria brasileira”, afirmou.
A reunião do GECEIS faz parte de um esforço interministerial para estruturar políticas industriais, científicas e tecnológicas que garantam o acesso da população a tratamentos modernos, de qualidade e produzidos nacionalmente. O grupo é responsável por articular ações que reduzam a dependência externa do país em setores estratégicos da saúde.
A expectativa é que a Bahiafarma opere como uma planta reduzida do modelo apresentado pelo presidente da Bionovis, Odnir Finotti, responsável pelo desenvolvimento dos quatro biomedicamentos incluídos nas PDPs. A parceria prevê transferência de tecnologia, expansão da capacidade produtiva e fortalecimento da cadeia farmacêutica baiana.
Com a aprovação, a Bahia se posiciona como um dos principais pólos de inovação em biotecnologia do Brasil, ampliando a produção nacional de medicamentos de alto custo e garantindo maior segurança ao SUS no fornecimento de terapias fundamentais para pacientes com doenças graves e raras.





