A Polícia Federal avalia que há pouca expectativa em relação ao conteúdo do pen drive encontrado na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O dispositivo, localizado em um banheiro do imóvel, foi apreendido durante uma operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Fontes com acesso às investigações informaram que o item contém poucos arquivos e não deve apresentar informações de grande relevância para o inquérito em andamento. A extração dos dados foi realizada na última sexta-feira (18), no Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília. O procedimento durou cerca de cinco horas, com registro completo da cadeia de custódia.
O laudo da análise técnica já está pronto e será entregue nesta segunda-feira (21) à equipe responsável pela investigação. A próxima etapa consiste na avaliação detalhada dos arquivos armazenados no pen drive.
Apesar da apreensão, a atenção da PF está voltada principalmente para o telefone celular de Bolsonaro, também recolhido durante a operação. Os investigadores estão dedicados à análise do conteúdo do aparelho, incluindo mensagens, imagens e outros dados que possam ajudar a esclarecer os fatos investigados.
A decisão do ministro Alexandre de Moraes autorizou o acesso integral ao celular do ex-presidente. A partir disso, a PF deve elaborar um relatório com os principais achados, que será incorporado ao processo.
As investigações fazem parte de uma série de frentes abertas contra Bolsonaro, que envolvem suspeitas de irregularidades durante e após o exercício do seu mandato presidencial.