O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, fez duras críticas à gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, destacando o que considera falhas e falta de entregas concretas nos dois primeiros anos de mandato. Caiado afirmou que o governo perdeu força política e direção estratégica, tornando-se ineficaz na implementação de reformas estruturais e no avanço de pautas prioritárias para o país.
“Já se passaram dois anos, e o governo Lula só fez aumentar gastos. Reformas estruturais, nem cogitou fazê-las. O governo se ancorou no acontecimento de 8 de janeiro, mas como o assunto está sendo julgado pelo Supremo, ele agora fica sem discurso e sem nenhuma entrega”, avaliou Caiado.
Crítica ao foco político do governo
O governador também destacou que a administração federal falhou em consolidar projetos de impacto para a população. Segundo ele, o governo estaria concentrado em pautas políticas de curto prazo, como a narrativa em torno dos atos de 8 de janeiro, sem avançar em propostas capazes de transformar o cenário econômico e social do Brasil.
Para Caiado, a ausência de reformas estruturais, como a tributária e a administrativa, reforça o diagnóstico de estagnação. “O governo acabou no segundo ano”, afirmou, em tom categórico.
Caravana presidencial: estratégia ou reação?
Caiado adiantou que colocará uma caravana presidencial nas ruas logo após o Carnaval, indicando sua possível participação em um movimento político mais amplo. Ele sugeriu que ações desse tipo seriam uma resposta à ausência de liderança nacional. “Não podemos ficar esperando por um governo que não entrega. É hora de ocupar os espaços e liderar as mudanças necessárias”, disse.
Embora Caiado não tenha detalhado o propósito exato da caravana, a movimentação pode ser interpretada como uma tentativa de consolidar seu nome como figura de oposição ao governo Lula e um possível articulador de alianças para as eleições de 2026.
Reação do governo e cenário político
Até o momento, o Palácio do Planalto não se manifestou oficialmente sobre as declarações de Caiado. Contudo, aliados de Lula têm apontado para resultados positivos em áreas como a retomada de investimentos sociais e o crescimento da pauta ambiental no cenário internacional.
No entanto, a oposição, liderada por nomes como Caiado, segue criticando o aumento dos gastos públicos e a falta de articulação política para implementar reformas estruturais. A avaliação de que o governo estaria “sem entregas” no início do terceiro ano é amplamente usada como estratégia para enfraquecer a imagem de Lula perante o eleitorado.
Com a caravana prometida por Caiado e o cenário econômico ainda em recuperação, o debate sobre a eficiência e os rumos do governo Lula deve se intensificar nos próximos meses. A oposição vê uma oportunidade de ganhar terreno, enquanto o governo terá o desafio de mostrar resultados concretos para sustentar sua base política e popularidade.