O Governo Federal anunciou, nesta segunda-feira (30), uma medida inédita para a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CNU): o número de mulheres convocadas para a próxima fase será igual ao de homens. A mudança valerá tanto para as vagas de ampla concorrência quanto para aquelas reservadas por cotas.
A decisão foi comunicada pela ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck. Segundo ela, a medida busca corrigir um desequilíbrio identificado na edição anterior do certame, realizada em 2024. Apesar de as mulheres terem representado a maioria dos inscritos 56,2% do total, elas foram maioria entre os classificados para a segunda fase em sete dos oito blocos temáticos do concurso.
“A equidade de gênero é um compromisso do governo e, nesse caso, um passo concreto para garantir oportunidades iguais a mulheres e homens, especialmente no acesso ao serviço público federal”, afirmou Esther Dweck .
A segunda etapa do CNU convoca um número de candidatos equivalente a nove vezes o total de vagas ofertadas, o que amplia significativamente a representatividade na disputa. A expectativa do governo é de que a nova diretriz contribua para maior justiça no processo seletivo e maior diversidade nos quadros da administração pública.
O Concurso Nacional Unificado é uma iniciativa que unifica a seleção de servidores públicos federais de diversos órgãos em um único processo seletivo, inspirado em modelos internacionais como o Enem. A primeira edição do CNU ocorreu em 2024 e foi considerada um marco na reformulação dos concursos públicos no país.