Após 235 dias de paralisação, os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social retomaram suas atividades nesta segunda-feira (14). Cerca de 300 profissionais, o equivalente a 10% do efetivo nacional, estavam em greve desde agosto do ano passado, em um movimento que ficou marcado como a maior paralisação já registrada na história da carreira.
O retorno ao trabalho foi possível após a assinatura de um acordo entre o Ministério da Previdência Social e a associação que representa os peritos médicos federais. Pelo entendimento firmado, o governo se comprometeu a restituir os salários descontados durante o período de greve, cuja suspensão de vencimentos havia começado em janeiro.
Com o fim da paralisação, os atendimentos periciais voltam ao normal em todo o país. Os profissionais iniciarão, a partir de hoje, o processo de compensação dos dias parados por meio da ampliação da carga horária e agendamento de consultas extras, buscando reduzir os prejuízos acumulados pelos segurados durante a paralisação.
A greve afetou milhares de beneficiários do INSS, que aguardavam perícia médica para concessão de auxílios, aposentadorias por invalidez e outros benefícios condicionados à avaliação dos peritos. O impacto foi sentido em todo o sistema previdenciário, provocando longas filas e atrasos nas análises de processos.
O Ministério da Previdência Social informou que a recomposição salarial faz parte do esforço do governo em valorizar os servidores e garantir a continuidade do serviço público. Já a associação dos médicos peritos ressaltou que a greve foi motivada por reivindicações históricas, como melhores condições de trabalho, recomposição de perdas salariais e respeito à autonomia técnica da categoria.
Com o retorno dos atendimentos, o INSS deverá adotar um plano emergencial para normalizar a agenda de perícias e minimizar os efeitos do longo período de paralisação.
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