Em meio às especulações sobre uma possível reforma ministerial no governo federal, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, descartou qualquer movimentação do Republicanos para ampliar sua presença na Esplanada dos Ministérios. Único integrante da legenda no primeiro escalão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Silvio Costa Filho afirmou que a sigla não pleiteia uma nova pasta e está focada em colaborar com a agenda econômica do país.
“O presidente é quem decide. É ele quem tira e nomeia ministro. Observo que até agora não houve nenhum movimento dele de abrir o diálogo com os partidos”, afirmou o ministro Silvio Costa Filho. “O presidente Lula agora quer, de fato, avançar na agenda Brasil, andar o país e fazer as entregas. Há muita coisa boa para entregar”, acrescentou.
As declarações do ministro Silvio Costa Filho acontecem em um momento de expectativa sobre possíveis mudanças no primeiro escalão do governo, impulsionadas por movimentações de partidos do Centrão. No entanto, segundo o ministro, a pauta de uma reforma ministerial não está sendo discutida formalmente nem pelo Republicanos nem pelo Palácio do Planalto.
“Essa não é a agenda do partido. O presidente (da Câmara) Hugo Motta tem dialogado com o presidente Lula. O Republicanos, neste momento, quer ajudar o governo, quer ajudar o país na pauta econômica”, reforçou o ministro Silvio Costa Filho. “A discussão sobre ter mais ministérios não está colocada dentro do partido. Vejo que o presidente também não colocou essa discussão sobre a reforma ministerial em pauta com os demais partidos que compõem o centro.”
A fala do ministro comprova com o tom adotado por outras lideranças do governo, que têm reiterado o foco do Executivo em acelerar entregas e fortalecer ações nas áreas social, econômica e de infraestrutura, em vez de promover uma nova reconfiguração política.
Com isso, o Republicanos segue ocupando uma posição de apoio moderado ao governo, sem pressionar por espaço adicional, em um cenário em que o equilíbrio entre governabilidade e composição política permanece como um dos principais desafios da gestão petista.