O Ministério da Saúde anunciou esta semana a incorporação da vacina recombinante Abrysvo, produzida pela farmacêutica Pfizer, ao Sistema Único de Saúde (SUS). A imunização tem como objetivo proteger recém-nascidos contra o vírus sincicial respiratório (VSR), um dos principais agentes causadores de infecções respiratórias graves em bebês, incluindo os casos de bronquiolite.
De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina será aplicada em gestantes para conferir proteção passiva ao bebê nos primeiros meses de vida. A portaria oficializando a incorporação e detalhando o esquema vacinal deve ser publicada nos próximos dias.
O que é o VSR e como ele se relaciona com a bronquiolite?
A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) destaca que o VSR é um dos principais vírus associados à bronquiolite, um quadro inflamatório dos bronquíolos, estruturas responsáveis pelo transporte de oxigênio até o tecido pulmonar.
O vírus circula com maior intensidade no inverno e no início da primavera, podendo causar epidemias sazonais. No Brasil, a sazonalidade varia conforme a região do país, mas surtos em outras estações do ano também são possíveis, especialmente em áreas de clima tropical.
Sintomas e evolução da bronquiolite
A infecção por VSR costuma ser leve na maioria das crianças, apresentando sintomas semelhantes aos de um resfriado comum. No entanto, em bebês menores de dois anos, especialmente prematuros ou com condições pulmonares preexistentes, a infecção pode evoluir para sintomas mais graves, característicos da bronquiolite.
Os primeiros sinais incluem coriza, tosse leve e febre baixa. Em um a dois dias, a doença pode evoluir para dificuldade respiratória, aumento da frequência respiratória, chiado ao expirar e dificuldade para mamar e deglutir. Em casos mais graves, a criança pode apresentar cianose (coloração azulada nos lábios e pontas dos dedos), indicando baixa oxigenação.
Medidas de prevenção
Com a incorporação da vacina Abrysvo ao SUS, espera-se uma redução significativa dos casos graves de infecção por VSR e bronquiolite. Além da vacinação, medidas de prevenção incluem a higienização frequente das mãos, evitar o contato de bebês com pessoas doentes e manter os ambientes ventilados.
A decisão do Ministério da Saúde representa um avanço na proteção da primeira infância contra doenças respiratórias graves, reforçando a importância da imunização como estratégia fundamental de saúde pública.