Ao encerrar seu mandato à frente do Senado Federal, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destacou a defesa da democracia como o principal legado de seus quatro anos de gestão. Pacheco reforçou o papel do Senado na preservação das instituições democráticas em um período marcado por desafios políticos e polarização.
“O que mais deve nos orgulhar, sem dúvida alguma, é a defesa que o Senado fez da democracia no Brasil. A defesa da democracia foi uma tônica que fez com que o Senado se unisse num momento de negacionismo, de ataques antidemocráticos, de negação à obviedade de que a democracia deve ser garantida no país. Eu considero que esse é um legado de todos esses senadores, da mesa diretora anterior e atual”, afirmou Pacheco, pouco antes de participar da sessão preparatória que elegeu seu sucessor.
Durante seu discurso, o senador mineiro também agradeceu aos colegas parlamentares pelo trabalho conjunto na aprovação de projetos e reformas consideradas essenciais para o país. “Pode-se criticar o Congresso em diversos aspectos, mas não se pode criticar em relação à capacidade que tem de fazer entregas e de ter uma produtividade em termos de marcos legislativos e reformas constitucionais, que são absolutamente essenciais”, destacou.
Pacheco assumiu a presidência do Senado em 2021, em um cenário de intensa polarização política e crises institucionais. Durante sua gestão, o Congresso Nacional foi palco de debates acalorados sobre temas como a reforma tributária, a regulamentação de setores estratégicos e a resposta do país à pandemia de Covid-19. Além disso, o Senado teve papel crucial na defesa das eleições democráticas e no combate a discursos negacionistas.
A sessão preparatória para a escolha do novo presidente do Senado ocorre em um momento de expectativa sobre os rumos da Casa. O nome que sucederá Pacheco terá a responsabilidade de conduzir o Legislativo em um ano marcado por desafios econômicos e sociais, além da proximidade das eleições municipais de 2026.
Ao final de seu pronunciamento, Pacheco reforçou o compromisso com o diálogo e a união em prol do país. “O Senado é a Casa da democracia, e é nosso dever preservá-la para as gerações futuras. Que o próximo presidente continue a fortalecer esse legado”, concluiu.
A transição na presidência do Senado ocorre de forma pacífica, seguindo a tradição democrática da Casa, e marca o início de um novo capítulo na história do Legislativo brasileiro.