O Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão vinculado ao Ministério da Saúde (MS), destacou a relevância dos exercícios físicos na prevenção, controle e recuperação do câncer em um comunicado divulgado recentemente. Em alinhamento com a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), a instituição reforça que a prática regular de atividades físicas traz benefícios não apenas para a saúde física, mas também mental e social.
A mensagem principal do Inca é clara: o movimento é essencial para reduzir os riscos de cânceres como os de mama, próstata, endométrio, cólon e reto. Além disso, a prática de exercícios físicos promove bem-estar, qualidade de vida, socialização, autonomia e participação social.
Mais do que prevenção: qualidade de vida
Segundo o coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Fábio Carvalho, os benefícios dos exercícios físicos vão além da redução do risco de câncer. “A literatura científica evidencia que a atividade física tem um impacto positivo na saúde geral, quebrando o mito de que repouso é a melhor estratégia para pacientes oncológicos”, explica. Ele também enfatiza que a prática pode ser incorporada em todas as fases da jornada do paciente, desde a prevenção até a reabilitação pós-tratamento.
Carvalho ressalta ainda a importância de uma abordagem integrada: “O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece políticas públicas que incluem atividades físicas para a população. Além disso, profissionais como fisioterapeutas, nutricionistas e enfermeiros podem orientar os pacientes a adaptarem a prática ao seu dia a dia, considerando o local onde vivem e suas rotinas de trabalho”.
Adaptação à realidade brasileira
O Inca destaca que o estímulo à prática de exercícios não deve vir apenas do paciente, mas também de profissionais de saúde e políticas públicas. Programas de atividades físicas já são ofertados em diversas unidades de saúde do SUS, garantindo que a população tenha acesso a essas práticas de maneira gratuita e adaptada.
Essa abordagem busca desmistificar o conceito de que o repouso absoluto é indispensável, promovendo uma visão mais moderna e baseada em evidências sobre o papel do exercício físico. A prática não precisa ser exaustiva; o importante é movimentar o corpo de forma regular e adaptada às condições de cada pessoa.
Atividade física como prevenção e tratamento
Além de ajudar a prevenir o câncer, os exercícios físicos são um componente importante no tratamento e recuperação dos pacientes oncológicos. Estudos apontam que a prática regular pode atenuar os efeitos colaterais das terapias, melhorar o sistema imunológico, aumentar a energia e reduzir a sensação de fadiga, um sintoma comum em quem passa por tratamentos como a quimioterapia.
Com a divulgação dessa orientação, o Inca reforça o compromisso com a promoção de hábitos saudáveis e a qualidade de vida da população brasileira. A mensagem é clara: o movimento pode ser um remédio poderoso, acessível e eficiente, tanto na prevenção quanto na luta contra o câncer.