O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta segunda-feira (23), o indulto natalino de 2024, com foco em pessoas condenadas que pertencem a grupos vulneráveis. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União e reafirma a política de atenção aos direitos humanos e à reintegração social.
Este ano, o indulto contempla gestantes, idosos, pessoas com deficiência ou com doenças graves, como aqueles em estágio terminal ou que convivem com o vírus HIV. O texto também beneficia mães e avós que sejam essenciais para o cuidado de crianças de até 12 anos, desde que condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência.
Critérios do Indulto
O decreto prioriza gestantes com gravidez de alto risco, mães encarceradas que comprovem a necessidade de sua presença para cuidar dos filhos, e idosos com doenças crônicas graves. O indulto também contempla presos que se encontram em condições de saúde extremamente debilitadas, reforçando o caráter humanitário da medida.
De acordo com o governo, o indulto segue orientações previstas na Constituição Federal e nas recomendações internacionais de direitos humanos, visando dar uma oportunidade de reintegração social e aliviar a superlotação carcerária em casos de menor gravidade ou risco à sociedade.
Impacto Social
Estima-se que milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade possam ser beneficiadas com a medida. Para ativistas e especialistas no sistema carcerário, o indulto natalino de 2024 representa um passo importante para corrigir desigualdades no tratamento dado a determinados grupos encarcerados, especialmente mulheres e pessoas gravemente doentes.
Com a assinatura do decreto, o governo espera amenizar a superlotação nos presídios brasileiros e estimular ações que promovam a ressocialização de pessoas condenadas.
O que é o Indulto Natalino?
O indulto natalino é um ato de clemência presidencial previsto na Constituição Federal, que concede perdão total ou parcial da pena a condenados que atendam a critérios específicos. Ele não extingue a condenação, mas alivia o cumprimento de penas em situações humanitárias, conforme critérios estabelecidos em decreto.
Em 2024, o indulto reafirma o compromisso com um sistema penal mais inclusivo, priorizando aqueles que mais precisam de apoio e cuidado.