Não é novidade que as mulheres já sofriam com a desigualdade de gênero, em uma sociedade patriarcal, bem antes do isolamento social, necessário, em virtude da pandemia causada pela covid-19. Mas, uma pesquisa realizada pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFRA), órgão da ONU – Organização das Nações Unidas, responsáveis por questões populacionais, apontou que além dessa triste desigualdade, a mulher no mundo, teve sua vida mais difícil em razão da sobrecarga de trabalho e, fez um alerta que no Brasil especificamente, isso é mais acentuado.
Dados do IBGE do ano de 2019 apontaram que a mulher se submete à jornada dupla, em média de 18,5 horas semanais dedicadas a tarefas domésticas e, cuidados com pessoas da família, como crianças e idosos.
Já os homens, apenas 10,3 horas semanais gastas nessas referidas atividades, ou seja, aproximadamente a metade.
Estudos demonstram que no Brasil as mulheres têm salários em média de 27,1% memores que o dos homens e apenas 46,6% delas para 64,3% de homens ocupam postos de trabalho, isso apesar de terem mais educação formal, em média 8 nos de estudo, para 7,6 dos homens. Ou seja, as mulheres são mais qualificadas formalmente e ainda assim, o número delas desempregadas é muito maior que o de homens. Portanto, embora as mulheres ocupam os bancos das escolas e universidades, em maior número que homens, ocupam menos cargos nas empresas.
Se, no entanto, falarmos de cargos de liderança (diretoras executivas) – CEOs, no Brasil, embora em crescimento, o que vinha sendo motivo de celebração, representando apenas 3% dos cargos mais altos e, apesar do maior estudo, têm renda inferior à dos homens. Ainda assim, 63% de mulheres são chefes de família. Isso nos leva a concluir que a pobreza no Brasil, tem sexo, e é feminino. Significa dizer que são essas mulheres que terão maior impacto para pagar suas contas, alimentar seus filhos a pandemia passou e assolou o mundo estamos vivendo o reflexo da crise econômica pandêmica, ainda está difícil de nos recuperamos.
Precisamos de ações para diminuir esse desigualdade de gênero.
Diante desta situação, preocupante para as mulheres, que já tinham que lutar pela equidade de gêneros, os estudos sugere algumas ações, como conversas no seio familiar sobre a desigualdade, compartilhar histórias sobre a mulher, entre outras. Pois a desigualdade de gênero precisa acabar para que passamos construir uma sociedade mais justa e igualitária, o que beneficia a todos e não apenas as mulheres assim o ativistimo deve ser permanente.
Ressalto a importância de os pais criarem seus filhos, fomentando a igualdade dentro de casa, como o estimulo da divisão de tarefas e, educar meninos e, meninas de igual forma, acabando com a super valorização do sexo masculino, em detrimento do feminino. Erradicar de forma definitiva, expressões como: “meu pai ajuda minha mãe a lavar a louça”. Se ajuda, a tarefa não é dele. Isso deve ser estendido, ao mundo corporativo, onde a mulher ainda precisa explicar em uma entrevista de emprego se tem filhos e onde vai deixá-los para poder trabalhar.
Sendo que o homem pai não escuta estas misóginias perguntas, e não existe alguma para que a mulher sofra com a desigualdade, a não ser o machismo, tão arraigado na sociedade, como um todo.
No geral a mulher não pode ser sobrecarregada, tão discriminada, impondo-lhe uma carga muito maior, demonstrando um enorme desequilíbrio e desumanidade, já que a nossa lei maior, a Constituição Federal assegura que todos são iguais, sem distinção de qualquer natureza (art. 5º. caput), princípio da isonomia e igualdade, que devem ser respeitados por todos nós. No entanto, acredito que, um futuro mais igualitário entre mulheres e homens é um caminho sem volta.
Aqui falamos sobre as ações que podem ser tomadas pela própria mulher, em seu seio familiar, mas é claro que políticas públicas e conscientização da sociedade são fundamentais nesse sentido.
Fonte: Faiane Xavier (Meseira, Empreendedora, Personal de Eventos)