A revista britânica The Economist publicou um editorial no qual defende que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não concorra à reeleição em 2026. Segundo a publicação, a idade do petista que completou 80 anos em outubro representa um risco para o país caso ele permaneça no poder por mais um mandato.
“É simplesmente arriscado demais para o Brasil ter alguém tão idoso no poder por mais quatro anos. Carisma não é escudo contra o declínio cognitivo”, afirma o texto. O editorial traça um paralelo com o ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden, que desistiu da corrida pela Casa Branca antes das eleições, em meio a questionamentos sobre sua capacidade física e mental.
Além da questão etária, a The Economist faz críticas à condução da política econômica do governo Lula. A revista classifica as medidas adotadas como “medíocres” e excessivamente focadas em programas de transferência de renda, avaliando que faltam iniciativas estruturais capazes de impulsionar o crescimento econômico de longo prazo e garantir maior previsibilidade fiscal.
O editorial também analisa o cenário da oposição e comenta o bolsonarismo. Para a revista, o senador Flávio Bolsonaro (PL), apontado como possível pré-candidato do grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro, é visto como impopular e pouco eficaz, o que limitaria suas chances em uma disputa presidencial.
Diante desse quadro, a publicação conclui que o resultado das eleições presidenciais de 2026 no Brasil é “preocupantemente incerto”. Como alternativa, a The Economist defende o surgimento de um candidato capaz de combinar rigor no combate ao crime, respeito às liberdades civis e à agenda ambiental, além de eficiência administrativa e capacidade de governabilidade.
O editorial se soma a análises recentes da imprensa internacional que acompanham com atenção o cenário político brasileiro, marcado pela polarização e por incertezas sobre os principais nomes que devem disputar a sucessão presidencial.





