Em uma sessão marcada por tensão política e discursos inflamados, o plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, na noite desta terça-feira, a cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). O resultado 227 votos favoráveis, 170 contrários e 10 abstenções ficou abaixo dos 257 votos necessários para a perda do mandato.
Zambelli está presa na Itália desde junho, após a condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que a sentenciou a 10 anos de prisão por participação no ataque cibernético aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A decisão do STF tornou-se definitiva e sem possibilidade de recurso.
Defesa por videoconferência
Apesar de estar fora do país, a deputada teve assegurado o direito de se manifestar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes da votação em plenário. Em sua fala, realizada por videoconferência diretamente do presídio italiano, Zambelli pediu apoio dos parlamentares e sustentou ser vítima de uma “acusação falsa”.
A deputada também afirmou que enfrenta “perseguição” por parte do ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo que levou à sua condenação.
Votação dividida e repercussão
O resultado expôs mais uma vez a divisão da Câmara em torno de casos envolvendo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Enquanto partidos da base governista defenderam a execução da sentença e a cassação imediata, integrantes da oposição classificaram o processo como “político” e argumentaram que não houve amplo direito de defesa.
Com a rejeição da cassação, Carla Zambelli mantém o mandato, embora siga impossibilitada de exercê-lo presencialmente devido à prisão no exterior.
Próximos passos
A Mesa Diretora da Câmara ainda deverá analisar como será feita a substituição prática das funções parlamentares enquanto Zambelli permanecer detida. A decisão também reacende debates sobre o alcance das decisões do STF sobre mandatos eletivos e sobre a necessidade de revisão do Código de Ética da Casa.
A manutenção do mandato ocorre em meio a um cenário político sensível, e novos desdobramentos são esperados nas próximas semanas, tanto no Brasil quanto no processo internacional envolvendo a deputada.
A seguir, apresento a matéria em formato jornalístico profissional, tratando o conteúdo como cenário fictício, já que os fatos descritos não correspondem à realidade.





