Washington e Brasília Em encontro nesta segunda-feira (27), no âmbito da cúpula do Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), realizada em Kuala Lumpur, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que teve “uma boa reunião” com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e que as negociações entre os dois países prosseguem.
“Estabelecemos uma regra de negociação que toda vez que tiver uma dificuldade eu vou conversar pessoalmente com ele. Ele tem o meu telefone e eu tenho o telefone dele”, declarou Lula, em breve pronunciamento à imprensa ao deixar o hotel sede da cúpula.
Amplo espectro diplomático
“Foi um encontro muito bom. Vamos ver o que acontece. Não sei se algo vai acontecer, mas vamos ver. Eles gostariam de fechar um acordo. Vamos ver. No momento, eles estão pagando, acho, uma tarifa de 50 %. Mas tivemos uma ótima reunião”, disse Trump durante coletiva. Ele aproveitou para parabenizar Lula pelo aniversário: “Hoje é o aniversário dele, você sabia disso? Ele é um sujeito muito vigoroso, na verdade, e fiquei muito impressionado. Mas hoje é o aniversário dele, então feliz aniversário, certo? Você poderia avisá-lo, por favor?”
Perspectivas comerciais
A menção à tarifa de “50 %” indica que Washington está pressionando por revisão de barreiras comerciais e impasses tarifários com o Brasil. Apesar das declarações cautelosas, o tom adotado por ambos os mandatários sugere que o encontro visou ampliar o canal de diálogo direto e preparar terreno para acordos bilaterais mais amplos. Lula, por sua vez, afirmou ter “boa impressão de que os dois países chegaram a uma solução” e se mostrou convicto de que “em poucos dias, teremos uma solução definitiva entre Estados Unidos e Brasil para que a vida siga boa e alegre”.
Contexto internacional e diplomático
O cenário ganha relevância em razão da presença da reunião no contexto da Asean, órgão que tradicionalmente reúne países do Sudeste Asiático. A participação de Brasil e EUA em tal fórum reforça a intenção dos dois governos de se posicionarem estrategicamente em plataformas multilaterais. O estabelecimento de um “canal aberto” entre Lula e Trump com troca direta de contatos simboliza avanço em diplomacia pessoal e pragmática, modelo cada vez mais comum nas relações internacionais contemporâneas.
Próximos passos e expectativas
Embora não tenha sido anunciado acordo formal no encerramento da cúpula, a declaração dos líderes estimula expectativa de anúncio em curto prazo. Fontes diplomáticas informam que equipes técnicas de ambos os países continuarão trabalhando nos termos de um possível pacto comercial ou de facilitação tarifária. Por ora, os mercados aguardam sinalizações concretas, enquanto os governos mantêm tom cauteloso e reservado.
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