As buscas pelo jovem Lucas Santana, de 18 anos, que desapareceu no mar na tarde de domingo (7), seguem em ritmo intenso nesta segunda-feira (8) na orla de Salvador. A operação mobiliza diferentes forças de segurança e especialistas, e, segundo o capitão Joel, do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBMBA), só será encerrada quando o rapaz for encontrado.
Lucas entrou no mar por volta das 15h20, na região da Pituba, acompanhado do irmão. Os dois foram surpreendidos pela força das ondas e apenas um deles conseguiu retornar à praia. Desde então, a movimentação na faixa de areia e no entorno da praia de Amaralina é de apreensão, com familiares, amigos e curiosos acompanhando cada passo da operação de resgate.
As primeiras buscas começaram ainda no domingo, logo após o desaparecimento, com atuação de guarda-vidas, mergulhadores do CBMBA e apoio aéreo do Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (Graer). Os trabalhos avançaram até o início da noite, quando a falta de visibilidade tornou impossível a continuidade da operação. Às 5h30 desta segunda-feira, as equipes voltaram ao mar para tentar localizar o jovem.
De acordo com o capitão Joel, as estratégias de busca estão sendo realizadas por terra, mar e ar. Ele explicou que a possibilidade de colocar mergulhadores em pontos estratégicos está sendo avaliada, mas o risco é alto devido à presença de pedras e à formação de ondas intensas.
“É uma operação que exige muita cautela, porque os próprios mergulhadores podem sofrer acidentes. Mesmo assim, não mediremos esforços para encontrar o jovem e dar uma resposta à família”, disse o oficial.
A maior expectativa é de que o corpo seja localizado na própria praia de Amaralina. Isso porque, segundo os bombeiros, uma barreira de pedras existente na região dificulta a saída de corpos levados pela correnteza. Casos semelhantes já foram registrados no local.
“Estamos com apoio de oceanógrafos e geólogos para identificar os pontos mais prováveis de localização. Já aconteceu antes de vítimas ficarem presas nesta região por conta da barreira. Não temos como afirmar com certeza absoluta, mas é aqui que estamos concentrando nossa atenção”, detalhou o capitão.
O clima entre familiares é de desespero e esperança. Muitos passaram a madrugada na orla, aguardando notícias.
A situação também acende um alerta para os riscos de afogamento em praias de Salvador, especialmente em trechos conhecidos pela força das correntes marítimas, como Pituba e Amaralina. Segundo especialistas, nadar em áreas com pedras e ondas fortes aumenta significativamente o perigo, mesmo para pessoas jovens e com boas condições físicas.
Enquanto a comunidade se mobiliza em correntes de oração e apoio à família, os bombeiros reforçam que a operação continuará ao longo do dia. “Seguiremos até o último recurso, porque nossa missão é dar uma resposta e trazer um pouco de conforto a essa família”, finalizou o capitão Joel.





