Em um evento dedicado à inteligência artificial, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comentou a recente imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo ele, a medida atinge países que, em sua visão, “não têm se dado bem com os EUA”.
“A abertura de um país é muito importante para nós. Temos vários países que abriram suas portas. Acabamos de fazer algumas transações incríveis”, afirmou Trump. Sem mencionar diretamente o Brasil, o presidente sugeriu que a decisão tarifária está ligada à falta de reciprocidade em relações comerciais.
O governo brasileiro tem buscado canais de diálogo para reverter ou ao menos mitigar os impactos da medida. Fontes do Palácio do Planalto confirmam que as autoridades estão tentando uma negociação direta com a Casa Branca, embora o cenário ainda seja incerto.
Durante o discurso, Trump também mencionou que as negociações comerciais com a China seguem em andamento e demonstrou otimismo quanto a um possível acordo. Ele afirmou que “as conversas estão avançando” e que espera um desfecho positivo nas próximas semanas.
Outro ponto abordado por Trump foi a relação com a União Europeia. O presidente afirmou que está em tratativas com os líderes europeus e prometeu tarifas mais baixas caso o bloco permita maior entrada de empresas americanas no mercado local.
A decisão dos Estados Unidos de impor as tarifas de 50% representa um duro golpe para exportadores brasileiros, especialmente nos setores do aço, alumínio e produtos agrícolas. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil informou que está avaliando possíveis medidas de resposta, mas que, neste momento, a prioridade é manter o diálogo diplomático aberto.
O clima entre os dois países, que já demonstrava tensão em algumas pautas econômicas, agora depende da disposição americana em reavaliar os termos da taxação e de uma postura firme do Brasil na defesa de seus interesses comerciais.
