O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), anunciou a criação de uma linha de crédito especial para amparar as empresas goianas diante da iminente taxação de 50% que os Estados Unidos devem impor sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto. A iniciativa tem como objetivo minimizar os impactos econômicos da medida, oferecendo condições mais vantajosas de financiamento para o setor produtivo estadual.
Com juros inferiores a 10% ao ano, a nova linha será mais competitiva do que outras opções existentes no mercado, incluindo programas federais como os operados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Plano Safra e os fundos constitucionais. Segundo o governo estadual, a diferença pode chegar a pelo menos três pontos percentuais.
A proposta foi estruturada a partir de um fundo de fomento que utiliza créditos de ICMS como garantia. Isso significa que, ao invés de recorrer a subsídios diretos, o governo está oferecendo melhores taxas de juros com base em um modelo que se apoia na arrecadação tributária estadual, tornando a operação mais sustentável e menos onerosa aos cofres públicos.
Como contrapartida, as empresas que aderirem à linha de crédito deverão manter seus níveis de emprego durante o período em que utilizarem os recursos. A medida busca proteger não apenas a atividade econômica, mas também os postos de trabalho em meio a um cenário de incertezas no comércio internacional.
Outra novidade anunciada por Caiado é a criação de um fundo de garantia destinado a facilitar o acesso ao crédito por pequenos e médios empresários. A intenção é fomentar a participação da iniciativa privada na oferta de crédito, aumentando a capilaridade e o alcance da medida em todo o estado.
Segundo o Palácio das Esmeraldas, o pacote econômico é uma resposta direta aos desafios impostos pelo novo cenário internacional. Para o governador, a taxação norte-americana representa uma ameaça concreta às exportações brasileiras, especialmente do agronegócio, e exige ação imediata por parte dos estados para proteger suas economias.