O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) celebra 75 anos de atuação no Brasil. A instituição se consolidou como uma das principais parceiras na promoção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes no país. Desde sua chegada, em 1949, o impacto do trabalho desenvolvido ao lado do poder público e de organizações da sociedade civil é visível em diversas áreas, com destaque para os avanços na saúde infantil.
Um dos marcos mais expressivos desse progresso é a queda na mortalidade infantil. Quando o Unicef iniciou suas atividades no Brasil, 158 a cada mil crianças morriam antes de completar um ano de vida. Hoje, essa taxa caiu 90%, com 12 mortes a cada mil nascimentos. O dado é reflexo direto das políticas públicas e ações voltadas à melhoria do acesso a serviços básicos de saúde, nutrição e saneamento.
Além da saúde, o Unicef tem atuado em outras frentes fundamentais para garantir os direitos da infância e adolescência. Educação, proteção contra a violência, combate ao trabalho infantil, erradicação da pobreza e promoção da equidade racial e de gênero fazem parte da agenda da organização. Ao longo dessas sete décadas, o trabalho foi guiado por um compromisso com a inclusão social e a construção de um país mais justo para as novas gerações.
As conquistas e os desafios enfrentados ao longo desse caminho estão reunidos no livro “UNICEF, 75 anos pelas Crianças e pelos Adolescentes Uma História em Construção”, lançado nesta quarta-feira, 16 de julho, em Brasília.
A publicação faz parte da programação comemorativa realizada no Palácio Itamaraty. Durante o evento, também foi inaugurada a exposição “Passos para o Amanhã”, que retrata, por meio de imagens e depoimentos, histórias de transformação social vividas por crianças, adolescentes e comunidades beneficiadas pelos projetos da entidade.
A celebração dos 75 anos do Unicef no Brasil marca não apenas uma trajetória de conquistas, mas também um chamado à continuidade do trabalho coletivo em defesa da infância e da juventude. Em um país ainda marcado por profundas desigualdades, o papel da instituição segue essencial para garantir que nenhuma criança seja deixada para trás.