Morreu na noite desta terça-feira (13), aos 98 anos, o médium e líder religioso Divaldo Franco. Ele estava internado na capital baiana e, segundo nota da assessoria da Mansão do Caminho, a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos. Divaldo enfrentava, desde 2023, uma série de problemas de saúde, incluindo um diagnóstico de câncer de bexiga confirmado em novembro do ano passado.
Figura central do espiritismo no Brasil e reconhecido internacionalmente, Divaldo Pereira Franco foi um dos mais influentes médiuns do país. Ao longo de décadas, palestrou em dezenas de países, publicou mais de 250 livros psicografados, muitos traduzidos para vários idiomas e defendeu, em suas falas e ações, uma espiritualidade voltada para a caridade e o amparo aos mais vulneráveis.
Sua principal obra social, a Mansão do Caminho, localizada no bairro de Pau da Lima, em Salvador, é símbolo do legado que deixa. Fundada na década de 1950 ao lado do também médium Nilson de Souza Pereira, a instituição ocupa hoje uma área de mais de 80 mil metros quadrados equivalente a mais de dez campos de futebol. O espaço abriga creches, escolas, centro médico, panificadora, cursos técnicos e de informática, beneficiando milhares de pessoas da comunidade.
A atuação da Mansão do Caminho vai além da assistência material. O centro tornou-se um polo de transformação social, ajudando a retirar jovens da marginalidade, promovendo educação e oferecendo atendimento médico e psicológico gratuito.
A notícia da morte de Divaldo Franco causou grande comoção no meio espírita e entre os que acompanham sua trajetória. Diversas homenagens estão sendo publicadas por instituições e admiradores nas redes sociais.
Ainda não foram divulgadas informações oficiais sobre o velório e sepultamento do médium. A Mansão do Caminho deverá organizar cerimônias de despedida abertas ao público nas próximas horas.