Na véspera do Dia do Trabalhador, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que o governo federal irá aprofundar o debate sobre a atual jornada de trabalho praticada no Brasil, especialmente o modelo 6×1 que estabelece seis dias consecutivos de trabalho seguidos por apenas um dia de descanso. A proposta reacende discussões históricas sobre a redução da carga semanal e as condições de trabalho no país.
Durante seu pronunciamento, o presidente Lula ressaltou os avanços econômicos conquistados ao longo de seu mandato e afirmou que o momento é propício para repensar as relações de trabalho. “Nosso governo já criou 3,8 milhões de empregos com carteira assinada em dois anos e quatro meses. Isso demonstra que é possível crescer com inclusão, e agora queremos discutir formas de melhorar ainda mais a qualidade de vida do trabalhador brasileiro”, declarou o presidente Lula .
A fala do presidente Lula ocorre em um contexto de recuperação econômica e fortalecimento do mercado formal de trabalho. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados , o crescimento na criação de vagas tem sido constante desde o início do terceiro mandato do presidente Lula .
O modelo 6×1 é criticado por diversas entidades sindicais, que defendem a redução da jornada semanal sem prejuízo salarial. Para elas, a medida poderia ajudar a combater o adoecimento físico e mental dos trabalhadores e gerar novas oportunidades de emprego.
Ainda não há uma proposta concreta apresentada pelo governo, mas interlocutores do Planalto afirmam que o tema será tratado com diálogo entre sindicatos, empregadores e especialistas do setor produtivo.
A proposta deve figurar entre os principais assuntos das celebrações do 1º de Maio, quando o presidente Lula participará de eventos organizados por centrais sindicais em São Paulo. O governo também deve anunciar novas medidas voltadas à valorização do trabalho e à ampliação de direitos sociais.
O debate sobre a jornada de trabalho no Brasil promete esquentar nas próximas semanas, com potencial impacto direto na vida de milhões de trabalhadores formais em todo o território nacional.