O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso nesta sexta-feira (26) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, ao tentar embarcar em um voo com destino a El Salvador. Segundo apuração do G1, ele utilizava documentação falsa no momento da abordagem realizada pelas autoridades locais.
De acordo com informações repassadas por autoridades brasileiras, Silvinei Vasques teria rompido a tornozeleira eletrônica que usava por determinação judicial e deixado o Brasil sem autorização. A violação das medidas cautelares foi detectada pelos sistemas de monitoramento, o que levou à imediata comunicação aos órgãos de controle e à emissão de alertas às fronteiras terrestres e aéreas, além da notificação à audiência policial brasileira no Paraguai.
A prisão ocorreu durante procedimentos de segurança e imigração no aeroporto. Ao verificar inconsistências nos documentos apresentados, agentes paraguaios aprofundaram a checagem e confirmaram a identidade do ex-diretor da PRF, que já constava em alertas internacionais emitidos após o descumprimento das determinações judiciais no Brasil.
Após a detenção, Silvinei Vasques foi colocado à disposição do Ministério Público paraguaio. Segundo fontes ligadas à investigação, o procedimento adotado será o de expulsão administrativa, uma vez que ele não possuía autorização legal para permanecer no país. Com isso, ele deverá ser entregue às autoridades brasileiras, que aguardam a conclusão dos trâmites legais para efetuar a custódia e dar prosseguimento às medidas judiciais cabíveis.
A Polícia Federal brasileira acompanha o caso e atua em cooperação com os órgãos de segurança do Paraguai, por meio de acordos de colaboração internacional, para garantir o retorno do investigado ao território nacional. A expectativa é de que a transferência ocorra nos próximos dias, após a formalização da decisão das autoridades paraguaias.
Silvinei Vasques esteve à frente da Polícia Rodoviária Federal entre 2019 e 2022. Seu nome passou a ser investigado em inquéritos que apuram supostas irregularidades no exercício do cargo, especialmente relacionadas ao uso da estrutura da PRF em contextos de interesse político. Em decorrência dessas investigações, a Justiça brasileira impôs medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de deixar o país sem autorização.
Até o momento, a defesa de Silvinei Vasques não se manifestou publicamente sobre a prisão, o suposto uso de documentos falsos nem sobre o rompimento da tornozeleira eletrônica. O espaço segue aberto para posicionamento.
O caso continua sob investigação tanto no Brasil quanto no Paraguai, e novas informações devem ser divulgadas à medida que os procedimentos legais avancem.





