A aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (ENEM PPL) no Conjunto Penal de Barreiras, realizada nesta semana, marcou um momento histórico para a educação no sistema prisional da região. No segundo dia de provas, foi mantido o mesmo número expressivo de participantes do primeiro dia: 517 internos inscritos, demonstrando elevado interesse e comprometimento com a formação educacional.
A edição de 2025 do ENEM PPL se destaca por seu caráter certificador, permitindo que os participantes conquistem o certificado de conclusão do ensino médio. Esse avanço representa uma oportunidade concreta de mudança de vida para os internos, já que amplia o acesso ao ensino superior, a cursos técnicos e a melhores condições de inserção no mercado de trabalho após o cumprimento da pena.
Os números de participação refletem o sucesso da iniciativa e o engajamento dos internos:
- Total de inscritos: 517
- Presença: 449 (98%)
- Ausência: 9 (2%)
- Impedidos de realizar a prova por alvará de soltura ou transferência: 59, em ambos os dias
O crescimento do ENEM PPL em Barreiras é notável e revela a consolidação da educação como eixo estratégico dentro do sistema prisional. Em 2023, apenas 62 internos participaram do exame. Já em 2024, o número subiu para 96 inscritos. Em 2025, o salto para 517 participantes evidencia o fortalecimento das ações educacionais e o reconhecimento, por parte dos internos, da importância do estudo como ferramenta de transformação pessoal e social.
Mais do que uma avaliação acadêmica, o ENEM PPL representa um instrumento de cidadania e esperança. Ao oferecer certificação e acesso a novas possibilidades educacionais, o exame contribui diretamente para a redução da reincidência criminal, estimulando a construção de novos projetos de vida. A iniciativa também reforça o papel do Estado na promoção de políticas públicas que garantam o direito à educação, mesmo em contextos de privação de liberdade.
No Conjunto Penal de Barreiras, a realização do ENEM PPL reafirma o compromisso com a dignidade humana, a inclusão social e a ressocialização, mostrando que investir em educação dentro do sistema prisional é investir em um futuro mais justo, com mais oportunidades e menos desigualdades.






