O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e autorizou a realização de um exame de ultrassonografia durante o período em que ele cumpre pena. A decisão foi tomada na noite deste sábado (13) e visa atender a uma solicitação feita na última quinta-feira (11), quando a defesa de Bolsonaro requereu o procedimento após a determinação de Moraes para que o ex-presidente passasse por uma perícia médica oficial, a ser realizada pela Polícia Federal (PF) dentro de 15 dias.
Bolsonaro, atualmente preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília, cumpre pena de 27 anos e três meses por sua participação na ação golpista que visou a desestabilização das instituições democráticas. Em resposta ao pedido, o ministro Moraes autorizou que o exame fosse realizado na própria unidade onde o ex-presidente está custodiado. A decisão inclui a ciência da Polícia Federal e a intimação dos advogados de defesa.
O procedimento será conduzido pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli, que utilizará um equipamento portátil de ultrassom para realizar o exame nas regiões inguinais direita e esquerda de Bolsonaro. A defesa do ex-presidente alegou que houve uma piora no quadro de saúde de Bolsonaro e, em decorrência disso, pediu que ele fosse transferido para o Hospital DF Star, em Brasília, onde seria submetido a uma cirurgia. No entanto, Moraes determinou que o ex-presidente fosse submetido à perícia antes de qualquer decisão sobre a transferência.
A solicitação para a realização do exame foi acompanhada da alegação de que os exames apresentados por Bolsonaro até então, com base nos quais se pediu autorização para a cirurgia e prisão domiciliar, estavam desatualizados. O ministro, ao autorizar o ultrassom, reforçou a necessidade de uma perícia médica oficial e estabeleceu um prazo para a atualização do quadro de saúde do ex-presidente.





