A Vila da Cachaça, um dos espaços mais visitados da Feira Nacional de Agropecuária da Bahia (Fenagro) 2025, destacou-se não apenas como vitrine da tradição e da qualidade da cachaça baiana, mas também como um polo estratégico de comercialização para produtores locais. A área dedicada às bebidas artesanais registrou intensa movimentação de público e vendas expressivas, com estoques esgotados em diversos estandes ao longo do evento.
A campeã de vendas foi a Cachaça Matriarca (Amburana), produzida em Caraguataí, distrito do município de Jussiape, na Chapada Diamantina. Envelhecida em barris de amburana por um período que varia entre dois e dois anos e meio, a bebida conquistou o paladar dos visitantes e foi comercializada ao preço de R$60, destacando-se pela suavidade e aroma marcante da madeira brasileira.
Em segundo lugar no ranking de vendas ficou a Cachaça Amada, marca premium artesanal do município de Dias D’Ávila. O destaque do produto está nos métodos de envelhecimento, que utilizam madeiras nobres como carvalho e grápia, conferindo complexidade e identidade próprias à bebida, características bastante valorizadas pelo público consumidor presente na feira.
A terceira posição foi ocupada pela Cachaça Serra das Almas, produzida na Chapada Diamantina. Reconhecida nacionalmente, a marca é pioneira na certificação orgânica de cachaça de alambique no Brasil e acumula prêmios em concursos especializados, fatores que reforçaram seu desempenho comercial na Fenagro.
Fechando o top 4 das mais vendidas, a Cachaça Paramirim, originária do município de Paramirim, no sudoeste baiano, obteve bons resultados impulsionados pelo processo artesanal em alambique, teor alcoólico de 42% e armazenamento em diferentes tipos de madeira, elementos que atraíram apreciadores em busca de sabores diferenciados.
Além disso, a Cachaça Matriarca (Blend), envelhecida em diversas madeiras nativas do Brasil, como jaqueira e bálsamo, garantiu a quinta colocação, reforçando a força da marca junto ao público da feira.
Segundo Paulo Guedes, coordenador técnico e curador da Vila da Cachaça, o balanço do espaço foi extremamente positivo. “Os produtores saem satisfeitos. A mostra de cachaças de qualidade não só atraiu grande público, como se traduziu em resultados concretos de comercialização, comprovando a forte demanda por produtos artesanais e de origem certificada”, afirmou.
O desempenho da Vila da Cachaça na Fenagro 2025 reafirma a importância da feira como plataforma de valorização da produção baiana e como espaço fundamental para fortalecer a cadeia produtiva da cachaça artesanal no estado.





