O secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, manifestou profundo pesar pelas mortes registradas durante a megaoperação das polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro, realizada nesta terça-feira (28), nos complexos do Alemão e da Penha. A ação, batizada Operação Contenção, resultou em 64 mortos, 60 criminosos e quatro policiais , 81 prisões e a apreensão de 93 fuzis.
Em entrevista ao programa Panorama da Bahia, Werner ressaltou que, embora a operação seja coordenada pelo Rio de Janeiro, a Bahia mantém forte atuação no combate às facções criminosas e reforça a cooperação com outros estados. “Trabalhamos incansavelmente no combate às facções. Isso envolve não apenas a apreensão de armas e drogas, mas também a identificação e alcance de lideranças que atuam fora do estado”, afirmou.
Entre as vítimas inocentes da operação, além dos quatro policiais mortos, três moradores ficaram feridos. Werner expressou solidariedade às famílias: “Quero me solidarizar com as famílias dos policiais e das pessoas que foram vítimas ao longo dessa operação. É uma tragédia, e a segurança pública exige dedicação e responsabilidade de todos os envolvidos”.
A Operação Contenção faz parte de um esforço concentrado do Governo do Estado do Rio de Janeiro para conter a expansão territorial do Comando Vermelho (CV), uma das principais organizações criminosas do país, e capturar lideranças criminosas com atuação interestadual. A ação envolveu um planejamento estratégico detalhado, que incluiu monitoramento, inteligência e coordenação entre diferentes órgãos de segurança.
Segundo Werner, a polícia baiana já vinha monitorando a presença de criminosos locais no Rio de Janeiro e manteve intensa troca de informações com a inteligência fluminense durante a operação. “Sabíamos que algumas lideranças envolvidas em crimes violentos na Bahia estavam em comunidades que foram alvo da operação. Continuaremos colaborando na identificação dos mortos e presos, fortalecendo o trabalho conjunto entre os estados. Essa integração é fundamental para enfrentar organizações criminosas que atuam além das fronteiras estaduais”, explicou.
O secretário também destacou que a Bahia tem ampliado ações de prevenção e repressão a facções criminosas em seu território. Entre as medidas estão operações integradas, bloqueio de rotas de tráfico, monitoramento de suspeitos e ações coordenadas com polícias federais e estaduais de outros estados. “O combate às facções exige uma estratégia ampla, que não se limita à atuação policial isolada. É preciso inteligência, planejamento e cooperação entre estados para desmantelar estruturas criminosas complexas”, afirmou Werner.
Além do enfrentamento direto, a SSP-BA também atua em programas de prevenção à violência e reintegração social, voltados para jovens em situação de vulnerabilidade. Segundo Werner, unir repressão e prevenção é essencial para reduzir a criminalidade de forma sustentável.
Até a noite de terça-feira (28), o balanço da megaoperação incluía:
- 64 mortos, sendo 60 criminosos e 4 policiais;
- 81 presos;
- 93 fuzis apreendidos;
- A identificação de lideranças criminosas com atuação em mais de um estado.
A SSP-BA reafirma seu compromisso com a proteção da sociedade e o combate organizado ao crime, enfatizando a importância da colaboração entre forças de segurança de diferentes estados como ferramenta essencial para enfrentar organizações criminosas que atuam de forma articulada e violenta.
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