Na próxima terça-feira (9), a Seleção Brasileira entrará em campo pela última vez nesta edição das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. O duelo será diante da Bolívia, às 20h30 (horário de Brasília), no Estádio Municipal de El Alto, localizado a 4.150 metros acima do nível do mar. A partida não vale mais em termos de classificação para o Brasil, que já assegurou sua vaga para o próximo Mundial, mas traz o desafio de enfrentar um dos ambientes mais hostis do futebol mundial.
O fator altitude, que influencia diretamente no rendimento físico e no controle da bola, é um dos principais assuntos nos dias que antecedem o confronto. A menor concentração de oxigênio pode causar cansaço precoce, falta de ar e até tontura nos atletas que não estão acostumados a jogar nessas condições. Mesmo assim, os jogadores da Seleção adotam um discurso de confiança.
O zagueiro Gabriel Magalhães, do Arsenal, que foi titular na vitória por 3 a 0 sobre os bolivianos na última quinta-feira (4), reforçou que a equipe não pode se deixar intimidar pelo desafio.
“Não temos que pensar em altitude e, sim, que vestimos a camisa da seleção brasileira, para fazer um grande jogo e sairmos vitoriosos. Sabemos das dificuldades, mas temos também que saber o que precisamos fazer dentro de campo e estamos preparados para isso”, disse o defensor.
Já o atacante Gabriel Martinelli, companheiro de Gabriel no Arsenal, destacou a preparação da equipe comandada pelo técnico italiano Carlo Ancelotti e demonstrou confiança em mais um triunfo:
Histórico de dificuldades
Jogos na altitude nunca foram simples para a Seleção. O episódio mais marcante aconteceu em 1993, quando o Brasil foi derrotado por 2 a 0 pela Bolívia em La Paz a primeira derrota da história da equipe nas Eliminatórias. Desde então, os confrontos em solo boliviano se tornaram símbolo de superação, alternando vitórias difíceis, empates sofridos e derrotas que ficaram na memória.
Com a mudança para o Estádio Municipal de El Alto, ainda mais elevado que o Hernando Siles, de La Paz (3.600 metros), a expectativa é de um jogo em que a estratégia e a dosagem do esforço físico serão fundamentais para o desempenho brasileiro.
Preparação e expectativas
A comissão técnica da Seleção Brasileira adotou medidas específicas para minimizar os efeitos da altitude, como treinos controlados e acompanhamento médico constante dos atletas. Além disso, o grupo conta com jogadores acostumados a atuar em competições de alto nível, o que aumenta a confiança para superar o desafio.
Para a Bolívia, já sem chances de classificação, a partida representa a oportunidade de encerrar sua campanha com uma vitória emblemática diante de uma das maiores potências do futebol mundial. Apoiada por sua torcida e pelo fator altitude, a equipe boliviana deve adotar um jogo intenso e de pressão desde os primeiros minutos.
Encerramento com chave de ouro
Mesmo com a vaga garantida, o Brasil encara o duelo como uma chance de consolidar o trabalho de Carlo Ancelotti, que busca dar ritmo e entrosamento ao grupo na reta final de preparação para a Copa de 2026. Uma vitória em El Alto seria simbólica não apenas para fechar a campanha das Eliminatórias em alta, mas também para mostrar que a Seleção está pronta para superar obstáculos em qualquer circunstância.
O apito inicial está marcado para as 20h30, horário de Brasília. A expectativa é de casa cheia e de mais um capítulo intenso na história do confronto entre Brasil e Bolívia.





