Na manhã deste domingo (7), um ataque a tiros contra agentes da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) gerou pânico e tensão na capital baiana. Os servidores participaram da escolta do prefeito Bruno Reis (União Brasil) quando foram surpreendidos por dois homens em uma motocicleta sem placa. A ação criminosa ocorreu por volta das 6h30, nas imediações da Praça Lord Cochrane, conhecida popularmente como Largo da Garibaldi, um dos principais entroncamentos da cidade, que dá acesso a bairros movimentados como Garcia, Federação e Vasco da Gama.
Segundo informações preliminares, os suspeitos aproveitaram o momento em que o comboio reduziu a velocidade em um semáforo para efetuar disparos contra os agentes. A equipe de segurança que acompanhava a comitiva do prefeito reagiu prontamente, iniciando uma troca de tiros em via pública.
Durante o confronto, um dos suspeitos foi atingido. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois de dar entrada na unidade de saúde. O comparsa conseguiu escapar e permanece foragido.
Com o homem baleado, a polícia apreendeu uma pistola PT 59 calibre .380, equipada com um carregador contendo cinco munições. O armamento foi recolhido e encaminhado à Polícia Civil, que ficará responsável pela perícia e pelo inquérito.
Equipes da 41ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) foram acionadas logo após o ataque. No local, os militares confirmaram os disparos e acompanharam o socorro prestado ao suspeito. A área foi isolada e periciada, a fim de levantar indícios que possam auxiliar na investigação.
Apesar da violência do episódio, não houve registro de feridos entre os agentes da Transalvador, os integrantes da segurança do prefeito ou membros da comitiva oficial. O prefeito Bruno Reis também saiu ileso.
A motivação do ataque ainda não foi esclarecida. A Polícia Civil deve ouvir testemunhas e analisar imagens de câmeras de segurança da região para tentar identificar o segundo envolvido e compreender se a ação foi premeditada ou resultado de outra circunstância criminosa.
O caso reacende o debate sobre segurança pública em Salvador, sobretudo em vias de grande circulação, e levanta questionamentos sobre a ousadia de criminosos que agem em plena luz do dia, em áreas centrais da cidade, mesmo diante da presença ostensiva de escoltas oficiais.
A Prefeitura informou que está acompanhando de perto as investigações e reforçou que todos os órgãos de segurança foram acionados para apoiar na elucidação do crime.