Cada vez mais estudos indicam que não há nível seguro de consumo de álcool para a saúde. No caso de pessoas que convivem com hipertensão, doença crônica caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial, o hábito de ingerir bebidas alcoólicas pode ser ainda mais perigoso, sobretudo quando realizado de forma excessiva.
Uma pesquisa publicada em julho no American Journal of Preventive Medicine analisou a mortalidade por hipertensão atribuível ao consumo exagerado de álcool nos Estados Unidos, com foco nas diferenças entre homens e mulheres. Os resultados revelam um aumento expressivo nas mortes por hipertensão relacionadas ao álcool, especialmente entre as mulheres.
O estudo reforça que os danos provocados pelo álcool em indivíduos hipertensos vão além do efeito imediato na pressão arterial. O consumo excessivo pode acelerar o sistema nervoso, fazendo com que o coração bata mais rápido e provocando a contração dos vasos sanguíneos, o que eleva ainda mais a pressão. Essa combinação, segundo especialistas, potencializa o risco de complicações graves, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).
Pesquisadores alertam que a prevenção e a redução do consumo de álcool são medidas essenciais para diminuir a mortalidade associada à hipertensão, especialmente em grupos mais vulneráveis. A recomendação é que pacientes hipertensos evitem o consumo e que aqueles que bebem façam isso com moderação, sempre sob orientação médica.