O assessor-chefe da Assessoria Especial do presidente da República, Celso Amorim, afirmou neste sábado, 2 de agosto, que o Brasil se posiciona contra a imposição de sanções econômicas motivadas por relações comerciais com outros países. A declaração ocorreu durante uma entrevista em que o diplomata foi questionado sobre os recentes apelos dos Estados Unidos para que Brasil e Índia interrompam a importação de petróleo da Rússia.
“Somos contra sanções econômicas em qualquer caso, salvo quando autorizado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas”, afirmou Amorim. A fala reforça a posição tradicional da diplomacia brasileira de não aderir a sanções unilaterais que não tenham respaldo multilateral.
O posicionamento do Brasil acontece em um contexto de crescentes tensões geopolíticas envolvendo a guerra na Ucrânia e a pressão exercida por potências ocidentais sobre países que mantêm relações comerciais com a Rússia. Amorim, que já foi chanceler e ministro da Defesa, tem atuado como conselheiro próximo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em temas de política internacional.
A posição brasileira visa preservar sua autonomia diplomática e defender os princípios do direito internacional, especialmente o respeito à soberania dos Estados e ao multilateralismo nas decisões de impacto global.