O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na noite desta quinta-feira um decreto que estabelece um novo pacote tarifário sobre importações de dezenas de países com os quais os EUA afirmam ter um desequilíbrio comercial. As medidas, segundo a Casa Branca, visam “proteger a indústria americana e corrigir déficits persistentes”.
As novas tarifas aduaneiras variam de 10% a 41%, sendo a mais alta aplicada à Síria. Países tradicionalmente aliados, como os membros da União Europeia, além do Japão e da Coreia do Sul, também serão impactados, com a imposição de uma tarifa de 15% sobre determinados produtos.
Outros países latino-americanos também foram atingidos pela medida. Costa Rica, Bolívia e Equador terão aumento de 5 pontos percentuais em suas tarifas atuais, que agora passam a 15%. Já Venezuela e Nicarágua continuam com as alíquotas definidas em abril: 15% e 18%, respectivamente.
O novo pacote tarifário entrará em vigor no dia 7 de agosto. Segundo uma fonte do alto escalão do governo americano, a data foi adiada em sete dias para permitir que os órgãos alfandegários se organizem e adaptem seus sistemas às mudanças.
A decisão reacende tensões no cenário global, especialmente entre os países afetados, que avaliam possíveis retaliações ou recursos junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Analistas alertam que a medida pode impactar as cadeias de fornecimento e aumentar os custos de diversos produtos no mercado interno dos Estados Unidos.
Em pronunciamento breve, Trump reforçou o discurso de que “os americanos devem deixar de financiar o crescimento de outras economias às custas da sua própria”. A medida faz parte de uma estratégia mais ampla do governo republicano de endurecimento comercial, sobretudo em ano eleitoral.