Salvador poderá contar, em breve, com um novo instrumento de apoio à proteção das mulheres. O vereador Felipe Santana apresentou um projeto de lei que prevê a instalação de placas com informações sobre o Disque 180 em espaços públicos da capital baiana. A proposta tem como objetivo orientar e facilitar o acesso das mulheres aos canais de denúncia de violência doméstica e de gênero.
A iniciativa vem à tona em um momento delicado, marcado por um episódio chocante ocorrido em Natal, no Rio Grande do Norte. Um homem foi flagrado agredindo sua namorada com mais de 60 socos dentro de um elevador. O caso gerou comoção nacional e reforçou a urgência de ações concretas no enfrentamento à violência contra a mulher.
Segundo o vereador Felipe Santana, é fundamental que as informações sobre os canais de socorro estejam disponíveis de maneira simples e visível. “A mulher pode estar desesperada, acuada, escondida num banheiro, sem saber a quem recorrer. Às vezes, no meio de uma festa, num momento de desespero, ela não vai lembrar que existe uma assistência na Prefeitura-Bairro, por exemplo. Mas uma placa com o número do Disque 180 pode ser o sinal de que ela precisa pedir ajuda”, declarou o parlamentar.
Para o vereador Felipe Santana , o projeto vai além de uma medida informativa. Representa um gesto concreto de empatia e de reconhecimento do sofrimento vivido por milhares de mulheres no Brasil. “A gente nunca sabe o que se passa naquele instante. Podemos tentar entender. Mas só quem já sofreu violência sabe o terror que é. Essas placas podem salvar vidas”, afirmou o vereador Felipe Santana .
O Disque 180 é um serviço nacional gratuito e confidencial que funciona 24 horas por dia, incluindo finais de semana e feriados. Ele orienta, acolhe e encaminha denúncias de violência contra mulheres aos órgãos competentes. A proposta do vereador Felipe Santana está em tramitação na Câmara Municipal de Salvador e, se aprovada, deve ser implementada em locais de grande circulação, como terminais de ônibus, praças, unidades de saúde e centros esportivos.
A medida é vista por especialistas e ativistas como mais um passo na construção de uma cidade que protege suas cidadãs e combate com firmeza toda forma de violência de gênero.