Com o avanço das tecnologias digitais, o dinheiro em espécie está cada vez mais ausente das mãos dos brasileiros. De acordo com uma pesquisa recente realizada pelo Google, apenas 6% dos consumidores ainda utilizam notas e moedas com frequência para realizar compras ou pagamentos no país. Em 2019, esse índice era de 43%. A queda representa uma transformação profunda nos hábitos financeiros da população.
Entre os protagonistas dessa mudança está o Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central em 2020. O serviço já responde por quase metade das transações financeiras no Brasil. Com funcionamento 24 horas por dia, todos os dias da semana, o Pix se destaca pela praticidade e pelo custo praticamente inexistente para os usuários. Esses fatores têm impulsionado sua rápida adesão em todos os estratos da sociedade.
O cartão de crédito, por sua vez, ainda mantém posição de destaque no cenário financeiro. Ele é o segundo método de pagamento mais usado, especialmente por oferecer benefícios como programas de fidelidade, milhas aéreas e possibilidade de parcelamento. No entanto, essa hegemonia pode estar ameaçada.
Está previsto para setembro o lançamento do Pix parcelado, funcionalidade que permitirá o fracionamento de pagamentos diretamente pelo sistema do Banco Central. A expectativa é que o novo recurso ofereça taxas mais competitivas e conveniência similar ao do crédito tradicional. Especialistas acreditam que a novidade tem potencial para impactar o mercado financeiro e alterar, mais uma vez, o comportamento do consumidor brasileiro.
O cenário indica uma tendência clara: o Brasil caminha rapidamente para uma economia cada vez mais digital, na qual o dinheiro físico se torna peça de museu e a inovação tecnológica dita o ritmo das relações comerciais.