A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu o quarto voto a favor da manutenção das medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica. A decisão foi tomada em julgamento virtual da Primeira Turma da Corte, que analisa o referendo das medidas determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes.
Mais cedo, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão contra Bolsonaro, com base na decisão de Moraes. Após a operação, o caso foi levado ao plenário virtual, onde os demais ministros analisam se mantêm ou não as determinações iniciais.
Até o momento, o placar está em 4 a 0 pela manutenção das cautelares. Além de Moraes e Cármen Lúcia, votaram nesse sentido os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin. Com isso, a Corte já formou maioria para validar as medidas.
As medidas impostas ao ex-presidente incluem, além da tornozeleira eletrônica, a proibição de se ausentar do país e o comparecimento periódico à Justiça. Elas fazem parte das investigações conduzidas pela PF sobre suposta tentativa de obstrução das eleições e ataques ao sistema democrático.
A expectativa é que os demais integrantes da Primeira Turma, que conta com cinco ministros no total, apresentem seus votos até o fim do prazo da votação virtual. Mesmo que não haja mudança no resultado, o julgamento será concluído somente após o encerramento oficial da sessão.