O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta quarta-feira (16) manter a prisão preventiva do general da reserva Walter Braga Netto. Vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, o militar está detido desde dezembro do ano passado. Ele é acusado de atuar para obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe de Estado que visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A decisão do ministro rejeita um pedido de liberdade apresentado pela defesa do general da reserva Walter Braga . Os advogados alegam que a ação penal relacionada ao chamado Núcleo 1 da trama golpista está em fase avançada e próxima do julgamento final. Segundo eles, não haveria mais justificativa legal para a manutenção da prisão.
Mesmo diante desses argumentos, o ministro Alexandre de Moraes entendeu que a custódia preventiva deve continuar. Para o ministro, a permanência do general da reserva Walter Braga Netto na prisão ainda se mostra necessária no contexto das apurações conduzidas pela Corte. A decisão reforça o entendimento do STF de que figuras centrais na tentativa de ruptura institucional devem responder às acusações com medidas rigorosas, a fim de garantir o andamento regular do processo.
General da reserva Walter Braga Netto foi uma das principais figuras do governo Bolsonaro. Durante a gestão, ocupou os ministérios da Casa Civil e da Defesa, além de ter sido interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, em 2018. Seu nome passou a figurar com destaque nas investigações sobre o planejamento e a tentativa de subverter o resultado das eleições presidenciais de 2022.





