Três marcas de “pó para preparo de bebida sabor café” foram oficialmente proibidas de circular no mercado brasileiro após inspeções identificarem sérios riscos à saúde pública. A decisão foi anunciada nesta semana pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e reforçada por resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
As marcas afetadas são Melissa, Pingo Preto e Oficial, produtos populares em diversas regiões do país e comummente apelidados de “café fake”. A partir de agora, está proibida a fabricação, comercialização, distribuição, propaganda e consumo desses itens em todo o território nacional.
Segundo o Ministério da Agricultura, análises laboratoriais detectaram que os produtos apresentavam composições irregulares e potenciais substâncias tóxicas, configurando risco grave à saúde dos consumidores. A Anvisa determinou que todos os lotes dessas marcas sejam imediatamente recolhidos do mercado.
O Ministério da Agricultura destacou que a ação visa “garantir a segurança alimentar e proteger a saúde da população”, reforçando que as fiscalizações serão intensificadas para coibir práticas semelhantes. A Anvisa orienta consumidores que eventualmente possuam os produtos em casa a suspenderem imediatamente o consumo e a entrarem em contato com os órgãos de defesa do consumidor.
A proibição foi respaldada com base na legislação vigente sobre alimentos e bebidas, que exige padrões rigorosos de qualidade, composição e rotulagem.
Alerta ao consumidor
O Ministério da Agricultura e a Anvisa ressaltam a importância de que a população esteja atenta à procedência dos produtos adquiridos, especialmente aqueles vendidos fora de estabelecimentos regulares.
Denúncias sobre produtos suspeitos podem ser encaminhadas à Ouvidoria do Ministério da Agricultura ou aos canais oficiais da Anvisa.
A medida ocorre em meio a um contexto de crescente fiscalização sobre alimentos adulterados ou que não atendem às exigências sanitárias, numa tentativa de reduzir os riscos de intoxicações e outros danos à saúde pública.
Repercussão no setor
Entidades de defesa do consumidor elogiaram a ação, enquanto representantes do setor cafeeiro reforçaram o compromisso com a qualidade e a autenticidade do café brasileiro. As marcas envolvidas ainda não se manifestaram oficialmente sobre a decisão.
A fiscalização segue em andamento, e novas operações poderão ser realizadas nas próximas semanas.