O técnico Tite surpreendeu o mundo do futebol ao anunciar, nesta terça-feira (22), que não assumirá o comando do Corinthians. Apesar das negociações avançadas com o clube paulista, o treinador de 63 anos comunicou que fará uma pausa na carreira por “tempo indeterminado”, citando a necessidade de cuidar da saúde física e mental.
Tite era o principal nome cotado para substituir o argentino Ramón Díaz, demitido recentemente do cargo, e esteve muito próximo de oficializar seu retorno ao Parque São Jorge, onde fez história entre 2010 e 2013, e novamente em 2015. A decisão inesperada pegou dirigentes e torcedores de surpresa, sobretudo pelo estágio avançado das tratativas, que já envolviam questões contratuais.
O anúncio da pausa foi feito por Matheus Bachi, filho e auxiliar técnico de Tite, por meio de nota divulgada à imprensa. “O momento é de atenção à saúde. É uma decisão pessoal, tomada com responsabilidade e serenidade”, afirmou Bachi, sem especificar prazos ou condições para um possível retorno às atividades.
A diretoria do Corinthians, que via no treinador a figura ideal para liderar uma reestruturação técnica e motivacional do elenco, agora volta ao mercado em busca de alternativas. Internamente, o nome de Tite era tratado como prioridade absoluta, tanto pela identificação com o clube quanto pela experiência e histórico vencedor.
Esta será a segunda pausa de Tite desde que se tornou um dos principais treinadores do país. A primeira ocorreu em 2014, após passagem vitoriosa pelo Corinthians, antes de assumir a Seleção Brasileira em 2016. No comando da equipe nacional, permaneceu até o fim da Copa do Mundo de 2022.
Ainda não há informações sobre novos alvos do Corinthians, mas fontes ligadas ao clube indicam que a decisão de Tite exigirá uma mudança de rota urgente nos planos da diretoria, que contava com o treinador para tentar recuperar a equipe após um início de temporada instável.
Enquanto isso, a torcida alvinegra, que já se animava com um possível reencontro com o comandante multicampeão, agora volta a viver a incerteza sobre o futuro técnico do clube.