O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou, nesta segunda-feira (21), luto oficial de sete dias em todo o território nacional em homenagem ao Papa Francisco, falecido nesta madrugada. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e reflete o profundo pesar do governo brasileiro diante da perda de uma das figuras religiosas mais influentes do século XXI.
Em nota oficial, Lula exaltou a trajetória de Jorge Mario Bergoglio, primeiro papa latino-americano e jesuíta da história da Igreja Católica. Segundo o presidente, Francisco deixa um legado marcado por “valores universais como o amor, a tolerância e a solidariedade”. Lula também classificou o pontífice como uma “voz de respeito e acolhimento ao próximo”, lembrando seu papel ativo na defesa dos mais pobres, dos migrantes e na luta por justiça social ao redor do mundo.
“Francisco não foi apenas o líder espiritual de mais de um bilhão de católicos, mas também uma referência ética e moral para todos aqueles que acreditam em um mundo mais justo e fraterno”, afirmou o presidente.
O Papa Francisco morreu aos 88 anos, após complicações de saúde decorrentes de uma infecção respiratória agravada por seu estado clínico delicado nos últimos meses. O Vaticano deve divulgar ainda hoje os detalhes do velório e das cerimônias oficiais, que deverão contar com a presença de líderes de diversas nações.
O decreto de luto oficial determina que as bandeiras fiquem a meio mastro em todas as repartições públicas federais durante o período, em sinal de respeito e homenagem.
Francisco esteve no Brasil em 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, ocasião em que foi calorosamente recebido por milhões de fiéis. Seu pontificado foi marcado por esforços de aproximação entre religiões, apelos por paz e pela proteção ambiental, além de reformas internas na Cúria Romana.
A morte de Francisco encerra uma era singular na história do Vaticano, deixando para seu sucessor o desafio de manter vivo o espírito renovador e humanista que marcou seu papado.