O técnico Renato Paiva, que chegou ao Botafogo nesta temporada após passagem pelo Bahia, vive seus primeiros momentos de pressão à frente do clube carioca. após o empate em 2 a 2 com o São Paulo, no Estádio Nilton Santos, o treinador português foi duramente criticado pela torcida, que entoou gritos de “burro” após uma substituição controversa.
O episódio ocorreu aos 18 minutos do segundo tempo, quando Paiva decidiu sacar o volante Gregore para a entrada de Patrick de Paula. A troca, considerada arriscada por parte da arquibancada, não foi bem recebida pelos torcedores, que imediatamente passaram a vaiar o comandante. O ambiente ficou ainda mais tenso à medida que o jogo se desenrolava e o Glorioso não conseguia retomar a vantagem no placar.
Com o resultado, o Botafogo chegou ao seu segundo jogo consecutivo sem vitória, somando agora dois empates seguidos na temporada. O desempenho recente acendeu o sinal de alerta entre os alvinegros, que demonstram crescente insatisfação com as decisões do treinador, especialmente em relação ao desempenho defensivo da equipe e à falta de consistência nas partidas.
Renato Paiva, que completou seu sexto jogo no comando técnico do clube, ainda não conseguiu conquistar plenamente a confiança da torcida. Embora tenha adotado um discurso de serenidade na entrevista coletiva pós-jogo, reconheceu a pressão e a cobrança vinda das arquibancadas.
Entendo a frustração do torcedor. Estamos trabalhando para encontrar o melhor equilíbrio para a equipe. É um processo, e sei que os resultados precisam aparecer, disse Paiva, tentando minimizar o impacto das críticas.
Apesar do clima hostil, o elenco do Botafogo demonstrou apoio ao treinador nos bastidores. Segundo fontes internas, o grupo acredita no trabalho do português e aposta na continuidade do projeto a médio prazo. A diretoria, por sua vez, não sinalizou mudanças imediatas, mas acompanha de perto o desempenho da equipe nas próximas rodadas.
O próximo compromisso do Botafogo será fora de casa, e o jogo será decisivo para medir a temperatura da relação entre Paiva e a torcida. Uma nova atuação sem vitória pode ampliar a crise e colocar ainda mais pressão sobre o técnico, que já enfrenta seu primeiro teste de fogo no comando do Glorioso.