O aumento expressivo de casos graves de gripe entre idosos tem acendido um alerta entre profissionais de saúde e autoridades sanitárias. Dados divulgados pelo Sistema Único de Saúde revelam que, em 2024, houve um crescimento de 189% nas hospitalizações de pessoas com mais de 60 anos por síndrome respiratória aguda grave causada pelo vírus da influenza, em comparação com o ano anterior.
Com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para os riscos da gripe nessa faixa etária, a empresa farmacêutica Sanofi promoveu, o evento Além da Gripe. O encontro reuniu especialistas em saúde pública, infectologistas e representantes de entidades médicas para debater os impactos da influenza e a importância da prevenção, especialmente por meio da vacinação.
Durante o evento, foram apresentados dados preocupantes sobre as complicações que a gripe pode causar. De acordo com os especialistas, a partir dos 40 anos de idade, o risco de ataque cardíaco aumenta em até dez vezes e o de acidente vascular cerebral em oito vezes nos primeiros três dias após a infecção pelo vírus. Em pessoas com mais de 60 anos, o risco permanece elevado por até dois meses após a contaminação. Como consequência, as admissões em unidades de terapia intensiva cresceram 187% em 2024, acompanhadas de um aumento de 157% no número de óbitos atribuídos à gripe.
O encontro também destacou os perigos da baixa cobertura vacinal entre o público-alvo. Apesar de campanhas anuais de imunização, muitos idosos ainda não se vacinaram contra a gripe, o que contribui para o agravamento do cenário. A sazonalidade do vírus, com maior circulação nos meses mais frios, aumenta a urgência por medidas preventivas.
A Sanofi e os especialistas presentes reforçaram o apelo para que a população, especialmente os idosos e pessoas com comorbidades, procurem os postos de saúde e mantenham a vacinação em dia. “A gripe é uma doença evitável. A vacina é segura, eficaz e pode salvar vidas”, concluiu o evento.
A expectativa é que a mobilização contribua para aumentar a conscientização e ajudar a reverter o atual quadro de internações e mortes, reafirmando a importância da imunização como principal ferramenta de proteção.