A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou o mais recente boletim InfoGripe, revelando uma queda contínua no número de casos de síndrome respiratória aguda grave nas últimas seis semanas. A análise, que considera dados da semana epidemiológica entre 12 e 18 de janeiro, destaca, no entanto, o crescimento preocupante da doença em nove estados brasileiros.
Os estados com aumento nos registros de SRAG incluem Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. A incidência semanal média de casos ligados à covid-19 continua sendo mais significativa entre crianças pequenas e idosos, com a população acima de 65 anos apresentando os maiores índices de mortalidade.
Perfil da SRAG e desafios regionais
A Fiocruz ressalta que, embora o país esteja avançando na contenção da doença em diversas regiões, as áreas onde os números aumentam enfrentam desafios relacionados à cobertura vacinal, acesso a serviços de saúde e controle de variantes do coronavírus.
Os especialistas reforçam a importância da vacinação e da adoção de medidas preventivas, especialmente em locais com maior circulação viral.
Alerta para crianças e idosos
O boletim destaca a vulnerabilidade de dois grupos principais: crianças pequenas e pessoas acima de 65 anos. Esses segmentos continuam apresentando maior risco de complicações graves e óbitos relacionados à SRAG. A Fiocruz orienta que a vacinação contra a covid-19 e a influenza seja priorizada para essas faixas etárias, reforçando também a necessidade de manter a atenção aos sintomas respiratórios em regiões onde a alta foi identificada.
Perspectivas e recomendações
Apesar da tendência de queda nacional, os especialistas alertam para o impacto da sazonalidade e a circulação de novas variantes da covid-19, que podem alterar os cenários regionais. A Fiocruz enfatiza a necessidade de monitoramento contínuo, fortalecimento do sistema de vigilância epidemiológica e conscientização da população.
A pandemia nos ensinou que, embora tenhamos avanços no controle da doença, não podemos relaxar. O acompanhamento constante dos dados é essencial para evitar novos surtos, principalmente em áreas mais vulneráveis, concluiu a pesquisadora.
A Fiocruz continuará atualizando os dados nas próximas semanas, destacando as regiões que demandam maior atenção e apoio para conter a alta da SRAG.