Durante a sessão realizada na manhã desta quarta-feira, 04, no plenário Carmen Lúcia, o Sindicato dos Servidores Municipais (Sinserv) fez uso da tribuna para denunciar o Projeto de Lei nº 12/2024, que propõe a extinção de cargos públicos. A medida gerou grande repercussão entre os servidores, que marcaram presença em peso para manifestar o descontentamento com a proposta apresentada pelo Governo Municipal.
Representantes do Sinserv destacaram que a extinção de cargos representa um ataque direto aos direitos dos trabalhadores e ao serviço público municipal. Eles classificaram a iniciativa como arbitrária e exigiram maior diálogo antes de qualquer decisão que impacte a categoria. “Não podemos aceitar que o futuro de tantos servidores seja decidido sem um debate amplo e transparente”, afirmou um dos representantes do sindicato.
Oposição denuncia “rolo compressor”
A Bancada de Oposição na Câmara também criticou duramente a postura do Governo Sheila Lemos em relação ao Projeto de Lei nº 12/2024. Segundo o líder da Bancada, vereador Valdemir Dias , o governo tem tentado aprovar a medida a qualquer custo, sem a devida discussão com os servidores e a população. Ele acusou a prefeita reeleita de ter aberto o que chamou de “Pacote de Maldades” logo após o fim das eleições.
“A prefeita abriu o pacote de maldades. Dentro desse pacote de maldade estão vocês e os servidores do Esaú Matos”, disse Valdemir, referindo-se não apenas à extinção de cargos, mas também ao desrespeito aos direitos dos trabalhadores do Hospital Esaú Matos. O parlamentar ainda reforçou a necessidade de resistência da categoria para impedir a aprovação do projeto.
Participação popular e resistência
A vereadora Márcia Viviane reforçou a importância da mobilização dos servidores para barrar o projeto. “Da forma que está, esse projeto não vai passar”, garantiu ela, convocando toda a categoria a participar das discussões e a pressionar o governo para abrir espaço ao diálogo.
Márcia Viviane lamentou que a proposta tenha sido apresentada no final do ano legislativo, o que, segundo ela, foi uma estratégia para dificultar a organização e a reação dos servidores. “É uma manobra clara, feita no apagar das luzes, para pegar todos de surpresa”, declarou.
Clima de tensão e incertezas
A sessão foi marcada por discursos inflamados e pela indignação dos servidores presentes. Enquanto o Sinserv e a Oposição mantêm a pressão para que o projeto seja retirado de pauta, a expectativa é que as próximas semanas sejam decisivas para o futuro dos cargos públicos ameaçados.
O Sindicato reafirmou seu compromisso com a defesa dos direitos dos servidores e garantiu que não mediram esforços para impedir que o Projeto de Lei nº 12/2024 seja aprovado, apostando na unidade e na mobilização da categoria como principais armas na luta contra o que chamaram de “retrocesso”.