Após as chuvas, o acúmulo de água permanece em muitos pontos do município, o que pode favorecer a reprodução do mosquito Aedes aegypti e provocar o aumento das ocorrências de dengue, zika e chikungunya. As equipes de agentes de Combate às Endemias têm intensificado o trabalho de campo para identificar e eliminar os criadouros, principalmente nas áreas mais afetadas pelos temporais.
Os agentes estiveram no bairro Lagoa das Flores e no povoado do Choça, indo de porta em porta, fazendo inspeções, coletando amostras de água com larvas e orientando os moradores sobre os cuidados para o descarte de água parada e evitar criadouros do mosquito.
As equipes também estão visitando os abrigos mantidos pela Prefeitura, fazendo uma triagem com as pessoas alojadas, identificando possíveis sintomas de zika, dengue ou chikungunya para realizar a coleta de sangue para análise laboratorial.
A supervisora geral de endemias, Célia Gama, que está coordenando algumas das ações, afirmou que, neste momento, os agentes estão encontrando uma situação atípica com muitos criadouros do mosquito. “Além dos agentes estarem visitando casa por casa, também estão fazendo uma investigação para um levantamento dos sintomas relatados por algumas pessoas e, se forem característicos de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, estamos fazendo a notificação também”, explicou a supervisora.
A casa de Alane Marinho, em Lagoa das Flores, estava livre de focos do mosquito, pois ela afirma estar sempre atenta para eliminar qualquer risco. “Depois do período da chuva, aos poucos a gente vai limpando, deixando o quintal sempre organizado, tirando a água, cuidando da caixa d’água. Estou sempre atenta porque eu tenho medo, meu esposo teve dengue ano passado e não foi fácil”, contou a moradora.
O trabalho dos agentes continuará em ritmo intensificado nos próximos dias para realizar o tratamento dos focos com inseticida nos reservatórios de água e locais que podem ser tratados.