O caso de racismo ocorrido durante a partida entre Real Madrid e Pachuca, pela segunda rodada da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (24). A Federação Internacional de Futebol (FIFA) anunciou oficialmente a abertura de um processo disciplinar contra o zagueiro argentino Gustavo Cabral, do time mexicano, acusado de ofensas racistas contra o alemão Antonio Rüdiger, defensor do Real Madrid.
“Após uma avaliação dos relatórios da partida, o Comitê Disciplinar da FIFA abriu um processo contra o jogador do CF Pachuca Gustavo Cabral em relação ao incidente envolvendo ele e Antonio Rüdiger, do Real Madrid, durante a partida da Copa do Mundo de Clubes da FIFA disputada em Charlotte em 22 de junho”, informou a entidade em nota oficial.
O suposto ato discriminatório teria ocorrido durante o segundo tempo do confronto, vencido pelo Real Madrid. Rüdiger relatou imediatamente o caso à arbitragem e ao delegado da partida. O episódio causou forte repercussão nas redes sociais, recebendo apoio de torcedores, clubes e atletas, além de novas cobranças por atitudes mais severas contra o racismo no futebol.
A FIFA reiterou seu compromisso com a política de tolerância zero contra todas as formas de discriminação e afirmou que o caso será investigado com rigor. O jogador Gustavo Cabral, de 38 anos, ainda não se pronunciou oficialmente. O CF Pachuca, por sua vez, declarou que aguarda os desdobramentos da investigação e que colaborará integralmente com as autoridades esportivas.
Antonio Rüdiger, em postagem publicada em sua conta oficial, afirmou que espera justiça e ressaltou que “nenhum jogador deve ser submetido a insultos racistas em campo ou fora dele”.
O caso reacende o debate sobre o combate ao racismo no esporte e deve ter novos desdobramentos nos próximos dias. Caso Cabral seja considerado culpado, poderá enfrentar punições que vão de suspensão por vários jogos a sanções mais severas, de acordo com o Código Disciplinar da FIFA.