Um levantamento realizado pelo Instituto Quaest revelou como as preferências políticas variam entre diferentes classes de renda no Brasil. De acordo com a pesquisa, que entrevistou 2 mil pessoas em 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém forte apoio entre os eleitores de menor renda, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro tem predominância entre a classe alta.
Preferências na classe baixa
Na faixa de menor renda, os dados indicam que 28% dos entrevistados se identificam como “Lulistas/Petistas”, enquanto 11% se consideram de esquerda, mas sem ligação direta com o PT. Por outro lado, 14% se identificam como de direita, porém sem alinhamento bolsonarista, e apenas 9% se declararam “Bolsonaristas”. A maior parcela, 31%, afirmou não ter um posicionamento político definido.
Apoio na classe alta
O cenário se inverte entre os eleitores de maior poder aquisitivo. Na classe alta, o ex-presidente Jair Bolsonaro é o mais apoiado, com um índice de adesão significativo. Embora os dados detalhados sobre essa faixa de renda não tenham sido especificados no levantamento, pesquisas anteriores já demonstravam uma tendência de maior identificação da classe alta com a direita e com Bolsonaro.
Classe média dividida
Na classe média, a pesquisa apontou uma divisão mais equilibrada entre os grupos políticos. O instituto ressaltou que, nesse segmento, as variações ideológicas são mais heterogêneas, com eleitores transitando entre apoio a Lula, Bolsonaro e posturas mais neutras.
Conclusão
Os dados do levantamento da Quaest mostram que o apoio a Lula e Bolsonaro varia conforme a faixa de renda, evidenciando um padrão recorrente na política brasileira. Enquanto o atual presidente mantém uma base sólida na classe baixa, Bolsonaro encontra apoio mais expressivo entre os mais ricos. A classe média, por sua vez, continua sendo um campo de disputa relevante para as próximas eleições, com eleitores divididos entre os principais candidatos e uma fatia expressiva sem posicionamento fixo.
Os resultados reforçam a polarização política do país e a forte influência da renda na definição de posicionamentos ideológicos. O levantamento indica que fatores socioeconômicos desempenham um papel essencial na escolha eleitoral dos brasileiros, configurando um cenário dinâmico para futuras disputas políticas.