O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que a proibição do TikTok no país será adiada. O decreto, que será emitido hoje segunda-feira, estenderá o prazo para que um acordo seja alcançado, permitindo a operação da plataforma no território americano. Trump também apresentou uma nova proposta: que 50% da propriedade do TikTok seja transferida para acionistas americanos, em um esforço para mitigar preocupações de segurança nacional.
“Gostaria que os Estados Unidos tivessem a propriedade de 50% de uma empresa conjunta”, declarou Trump, enfatizando a importância de garantir que os dados de cidadãos americanos não sejam acessados pelo governo chinês por meio da rede social. O TikTok é uma plataforma de vídeos curtos fundada pela chinesa ByteDance, cuja nacionalidade tem sido motivo de desconfiança por parte das autoridades americanas, temerosas de potenciais ligações com Pequim.
Segurança Nacional e Economia
Trump destacou que a aprovação de um acordo pelos Estados Unidos poderia transformar o TikTok em um ativo econômico sem precedentes. “Sem a aprovação dos EUA, não há TikTok. Com a nossa aprovação, ele vale centenas de bilhões de dólares — talvez trilhões”, afirmou, reforçando a intenção de transformar a rede social em um modelo de gestão mista entre acionistas chineses e americanos.
Um Acordo Ainda em Negociação
A decisão de adiar a proibição dá tempo para que as partes envolvidas negociem uma solução que atenda às demandas de Washington. A proposta de Trump segue alinhada ao histórico de medidas mais duras em relação a empresas chinesas, mas também reflete um pragmatismo em explorar o potencial econômico de uma plataforma que já conquistou milhões de usuários americanos.
O TikTok ainda não comentou oficialmente as novas declarações do presidente eleito. Especialistas acreditam que as negociações terão como foco garantir a transparência na gestão da plataforma e reforçar a proteção de dados, uma das principais preocupações levantadas por legisladores.
Impacto Global
A proposta de Trump pode estabelecer um precedente para o futuro de empresas tecnológicas globais operando nos EUA. O debate em torno do TikTok não apenas levanta questões sobre segurança nacional, mas também sobre o equilíbrio entre inovação tecnológica e soberania digital em um cenário de crescente rivalidade entre Estados Unidos e China.
O novo prazo e a proposta de parceria serão acompanhados de perto por investidores e analistas, enquanto o mundo aguarda o próximo capítulo dessa disputa que mistura política, tecnologia e economia global.